Os técnicos da Ferrari comunicaram hoje ao presidente da empresa, Luca di Montezemolo, na tradicional reunião de segunda-feira dos integrantes da equipe, em Maranello, que não foi encontrado nada de errado nos carros de Michael Schumacher e Rubens Barrichello. A enorme diferença de 33 segundos e 646 milésimos imposta, domingo, pelo vencedor do GP da Grã-Bretanha, Mika Hakkinen, da McLaren, para Michel, segundo colocado, levou os dirigentes italianos a suspeitar de que algo não funcionou bem no modelo F-2001. "Concluímos que a diferença de desempenho decorreu do fato de Michael e Mika terem adotado estratégias diferentes", explicou Jean Todt, diretor esportivo. O piloto da McLaren parou duas vezes nos boxes enquanto Michael fez um único pit stop. "Depois da segunda parada de Mika, Michel e ele estavam em condições semelhantes de peso nos seus carros e os tempos de volta do nosso piloto foram quase os mesmos dos de Mika", argumentou Todt. "Estávamos na casa dos nossos adversários diretos e terminar em segundo e terceiro representa um bom resultado." Já Montezemolo destacou que, dentre os seis primeiros na prova de Silverstone, quatro utilizavam motor Ferrari. Kimi Raikkonen, da Sauber-Ferrari, foi quinto, e seu companheiro, Nick Heidfeld, sexto. Apesar da significativa vantagem de pontos de Michael para David Coulthard na classificação, 84 a 47, e da Ferrari para a McLaren, entre os construtores, 118 a 66, ninguém na escuderia de Maranello quer falar em título. "É cedo ainda, temos muito trabalho pela frente", disse Todt. Já a partir de amanhã a Ferrari e todas as demais equipes da Fórmula 1, com exceção da Prost, iniciam quatro dias de testes do circuito de Monza, onde dia 16 de setembro será disputado o GP da Itália, 15ª etapa do Mundial. A agenda de Michael nos próximos dias é impressionante: ele treina hoje, amanhã e quinta-feira em Monza, e sexta-feira e sábado em Fiorano. Rubens Barrichello trabalha sexta-feira, em Monza.
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