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Pole pode definir corrida em Mônaco

Mais do que em qualquer outra das 17 etapas do Mundial a conquista da pole position em Mônaco, pode significar a vitória.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mais do que em qualquer outra das 17 etapas do Mundial a conquista da pole position em Mônaco, pode significar a vitória. E ao menos pelo que se viu na quinta-feira, quando ocorreram os primeiros treinos livres, a Ferrari deverá finalmente encontrar resistência para seus pilotos, Michael Schumacher e Rubens Barrichello, ocuparem a primeira fila da sétima etapa do Mundial. "Desta vez a Michelin fez um grande trabalho", afirmou Ron Dennis, da McLaren, que usa os pneus franceses, como a Williams e a Renault, dentre os principais. A Ferrari corre com Bridgestone. Barrichello jogou golfe e esteve à tarde no circuito, nesta sexta-feira, junto da esposa Silvana e o filho Eduardo. Schumacher apareceu com sua moto Harley Davidson amarela e em companhia de Jean Todt saiu num barco. Mas os dois pilotos, com certeza, estavam de olho no asfalto. Verificando se as duas sessões de classificação da Fórmula 3000, realizadas nesta sexta, bem como a da Porsche Supercup permitiram maior acúmulo de borracha, um dos fatores que pode ajudá-los neste sábado na sessão que definirá o grid. "Os pneus Bridgestone se dão melhor quando há mais borracha na pista", explicou Felipe Massa, da Sauber, também time da marca japonesa. O que também está trabalhando para a Michelin em Mônaco, além do pneu elogiado por seus pilotos, é a temperatura. Nesta sexta ela subiu para quase 30 graus, céu completamente aberto, em contraste com os 17 graus e nuvens carregadas de quinta-feira. E os pneus franceses tendem a produzir mais com o calor. A equipe Renault pode ser a surpresa do treino deste sábado, realizado das 8 às 9 horas, com transmissão ao vivo pela TV Globo. "Nosso carro é muito bom de mecânica e isso conta muito aqui", diz Jarno Trulli, o mais veloz no primeiro treino. "Temos para cá também um novo pacote aerodinâmico e uma nova versão do nosso motor." Mas sua previsão é clara: "A Ferrari nos deixará para trás sábado (hoje)." Pela primeira vez desde que passou a competir com a nova Ferrari F2002, no GP do Brasil, Schumacher não esbanjou a mesma confiança de sempre. "Temos de encontrar um acerto melhor para o carro, mas o curioso é que não estamos longe dele." Apesar disso, o alemão não foi além da 11.ª colocação no primeiro treino. Ontem à noite chegou de Maranello, na Itália, um novo aerofólio dianteiro, testado ontem mesmo por Luca Badoer, em Fiorano. O presidente da empresa, Luca di Montezemolo, assistirá à corrida da mureta dos boxes, junto de Jean Todt. A possibilidade de um novo jogo de equipe, ao menos como o adotado na Áustria, parece, agora, mais difícil, depois do enorme desgaste da Ferrari em todo o mundo e na nova postura dos dois. Uma nova classificação de Barrichello na frente de Schumacher, neste sábado, como já aconteceu na quinta-feira, poderá começar a incomodar o alemão. E quando ele se sente ameaçado costuma errar. Os 3.370 do traçado de Mônaco têm seus fãns incondicionais. Esse é o caso, por exemplo, do finlandês Mika Salo, da Toyota. Seu retrospecto na prova é excelente, em especial porque, com exceção de 1999, quando correu com Ferrari, nas demais ocasiões Salo sempre teve equipamentos bastante limitados. Ele foi 5.º em 1996 e 1997, pela Tyrrell, 4.º em 1998, com Arrows, e 5.º novamente em 2000, na Sauber. Outro piloto que se supera em Mônaco é Giancarlo Fisichella, da Jordan, com um 2.º lugar em 1998, 3.º em 2000, 5.º em 1999, e 6.º em 1997.

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