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Prova de Ímola ficou em segundo plano na F1

Por Agencia Estado
Atualização:

Os pilotos irão à pista já nesta sexta-feira para os primeiros treinos livres do GP de San Marino, no circuito Enzo e Dino Ferrari, em Ímola. Mas até agora quase não falaram a respeito da corrida do fim de semana, a quarta da temporada de Fórmula 1 e a primeira na Europa. O teste do campeão da motovelocidade Valentino Rossi com a Ferrari F2004 em Fiorano, quarta-feira, e o jogo de futebol entre atletas brasileiros da seleção tetracampeã de 1994 e pilotos e ex-pilotos de Fórmula 1 pareceram ser bem mais interessantes. "Eu cheguei para o Fernando Alonso, que adora atacar, e lhe disse: ?Esquece isso?. Não gostamos de apenas nos defendermos, a questão é que não tínhamos saída", disse Michael Schumacher, a respeito do jogo de futebol. Bebeto, Júnior, Careca, Leonardo, Taffarel, Branco, Aldair, Mazinho, entre outros, deram "um show", segundo o piloto alemão da Ferrari. "Depois de alguns minutos compreendi logo que estávamos em sérios problemas. E pensar que vários deles sequer jogam mais", admitiu Schumacher. A técnica dos brasileiros impressionou o hexacampeão mundial de Fórmula 1. "Por sorte, no intervalo do primeiro tempo, quando estava 5 a 1, nós misturamos os times", lembrou Schumacher. Com o reforço de alguns jogadores, o time de pilotos conseguiu empatar: 5 a 5. O italiano Jarno Trulli, da Renault, comentou: "No primeiro tempo, o melhor teria sido saírmos de campo e vê-los jogar. Nós não encostamos na bola. O que eles são capazes de fazer com a bola é impensável, que dirá nós executarmos essas acrobacias. É uma arte." O evento gerou 33 mil euros para o Instituto Ayrton Senna e fez parte das celebrações pelos dez anos da morte do tricampeão mundial, em Ímola. O pontapé inicial da partida foi dado por Viviane Senna, irmã do ex-piloto. Outro tema do dia - A imprensa italiana, não só esportiva, publicou nesta quinta-feira com destaque, em primeira página, o primeiro teste de um dos maiores pilotos de motociclismo de todos os tempos, o jovem e carismático Valentino Rossi, com a Ferrari. "Una rossa per Rossi", deu em manchete a Gazzetta dello Sport. Todos desejavam saber de Schumacher o que ele pensava de Rossi ter ficado a apenas um segundo do seu tempo, na quarta-feira, logo em seu primeiro contato com o carro. "Ele tem velocidade nas veias", declarou o alemão. Mas foi cético quanto ao futuro: "Sei que Valentino não testou o F2004 apenas por diversão, embora tenha aproveitado muito. Vocês precisavam ver a cara dele. Valentino sabe que precisaria adquirir maior experiência nas categorias de acesso para chegar ao topo na Fórmula 1." Rubens Barrichello se disse um fã do tricampeão da MotoGP. "Sou muito amigo do Alexandre Barros, mas gosto de ver o Rossi correr, é um campeão de verdade, no talento, simplicidade, humildade." Depois Rubinho contou que, num teste secreto em Interlagos, ficou a "sete segundos de Barros", com a mesma moto. "Gosto de motociclismo também", avisou. Polêmica - Rubinho só não concordou com o ex-piloto Damon Hill, que atribuiu o acidente de Ayrton Senna, em 1994, a um erro do brasileiro. "Não creio que ele desejasse dizer isso. Se foi o caso, não há como um piloto como o Ayrton cometer um equívoco na Tamburello, pela natureza da curva", garantiu Barrichello. Por fim, Rubinho analisou o que deve ocorrer na corrida de Ímola. "Não em função do traçado, mas em razão da evolução natural dos nossos adversários, eles devem começar a ficar mais próximos da Ferrari. Eles aprenderam com a gente nesse início de campeonato." Schumacher não vê assim: "Nos testes que realizamos aqui, em fevereiro, fomos realmente muito fortes, embora o último treino da BAR, em Barcelona, junto de nosso time, tenha me impressionado (na ocasião, Jenson Button foi o mais rápido de todos).?

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