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TRF-2 suspende contratação de empresa que venceu licitação para autódromo do Rio

Decisão determina que processo só avance depois da aprovação do estudo de impacto ambiental

Foto do author Marcio Dolzan
Por Ciro Campos e Marcio Dolzan
Atualização:

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) suspendeu mais uma vez a contratação da Rio Motorpark para a construção do autódromo do Rio. O consórcio venceu licitação lançada pela Prefeitura da capital fluminense em maio e pretende realizar uma obra para receber futuramente o GP do Brasil de Fórmula 1, mas o processo é contestado pelo Ministério Público Federal (MPF-RJ).

A intenção do consórcio e da Prefeitura do Rio é que o autódromo, orçado em R$ 700 milhões, seja construído na zona oeste em uma área de 200 hectares conhecida como Floresta do Camboatá, que abriga vegetação nativa, incluindo algumas árvores ameaçadas de extinção.

Visita área do local onde autódromo deve ser construído no Rio Foto: Wilton Junior/Estadão

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Em julho, o MPF-RJ havia conseguido uma liminar suspendendo a assinatura do contrato. O argumento é a ausência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima). A liminar foi derrubada no início deste mês, mas agora o TRF-2 voltou a suspender o acordo.

A decisão é da 5ª Turma Especializada, que decidiu por unanimidade a suspensão do contrato "até que o EIA-Rima seja apresentado e aprovado pelo órgão ambiental licenciador e seja expedida licença prévia atestando a viabilidade ambiental do empreendimento no local".

A Prefeitura do Rio informou que ainda não foi notificada. A Rio Motorpark disse em nota que vai cumprir todas as obrigações ambientais impostas e explicou que a suspensão não altera o andamento do projeto. "Mais uma vez, entretanto, registre-se profunda estranheza com decisão judicial que apenas pede cumprimento de requisitos que já estavam previstos no edital para serem atendidos antes da celebração do contrato. Portanto, a referida decisão não adiciona nenhuma nova requisição que já não esteja no escopo da parceria", diz o texto.

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