Postagem no Instagram diz que médico morto foi indicado ao Prêmio Nobel

Vladimir Zelenko foi um conhecido negacionista da pandemia de covid-19; ele morreu em 2022

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Foto do author Pedro Prata
Atualização:

O que estão compartilhando: que o médico Vladimir Zelenko foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: não é possível confirmar a informação porque a lista de indicados é mantida em sigilo por 50 anos. Além disso, há uma ampla lista de pessoas aptas a fazer indicações. Zelenko foi um dos mais conhecidos defensores de medicamentos ineficazes contra a covid-19, como a cloroquina. Ele morreu em 2022. Esse mesmo boato circulou em 2021, sem citar fontes confiáveis.

Vladimir Zelenko, médico morto em 2022.  Foto: Bryan Derballa/The New York Times

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Saiba mais: Como o Estadão Verifica mostrou, não é possível descartar que Zelenko tenha sido realmente indicado em 2021 porque a organização mantém a lista em sigilo por ao menos 50 anos. A informação circulou inicialmente por blogs que não citavam a fonte da informação.

A postagem analisada aqui não explica que a lista de pessoas aptas a realizar indicações vai de parlamentares de todos os países até professores universitários. Qualquer indicação é aceita, desde que respeite o prazo estipulado.

Vladimir Zelenko foi um médico de um vilarejo no estado de Nova York que ficou conhecido por prescrever o antimalárico hidroxicloroquina, o antibiótico azitromicina e sulfato de zinco contra a covid-19. Nenhum estudo de peso jamais comprovou a eficácia desses medicamentos, mas isso não impediu que Zelenko fosse aclamado pelo ex-presidente Donald Trump e pela extrema-direita norte-americana.

Ele morreu em 2022, sem ganhar o prêmio Nobel da Paz. Os últimos vencedores foram Ales Bialiatski, ativista de Belarus, a organização de defesa dos Direitos Humanos da Rússia, Memorial, e o Centro das Liberdades Civis, da Ucrânia (2022); os jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitri Muratov, da Rússia (2021); e o Programa Mundial de Alimentos (2020).

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