O dia que marcou o 55ª da invasão da Rússia à Ucrânia, o Kremlin admitiu nesta terça-feira, 19, que iniciou sua ofensiva pelo controle de Donbas, polo industrial no leste do país. Na região vive a maior parte da população de origem russa da Ucrânia, pretexto utilizado pelo presidente Vladimir Putin para ordenar a invasão.
Depois de atacar 300 alvos na segunda-feira, o comando militar russo intensificou os bombardeios a cidades ucranianas, atacando 1.260 alvos durante a madrugada de hoje em uma linha de frente de quase 500 quilômetros, de Mikolaiv a Kharkiv.
O governo ucraniano prometeu montar uma defesa vigorosa do leste do país. “Não importa quantos soldados russos sejam enviados, vamos lutar”, disse o presidente Volodmir Zelenski, em discurso.
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Em seu apoio, aliados enviaram caças e peças de reposição para reforçar sua aviação, disse o Pentágono, o que vinha sendo pedido há semanas pelos ucranianos.
Em um ato para tentar isolar ainda mais a Rússia, o governo americano informou que boicotará várias reuniões do Grupo dos 20 países (G-20) nesta semana para protestar contra a invasão da Ucrânia. A conferência do grupo em Washington surge como um teste chave para os líderes mundiais que condenaram a guerra. Saiba mais sobre o 55º dia da guerra na Ucrânia:
Foco no leste
A Rússia quadruplicou ataques aéreos na Ucrânia nesta terça-feira, 19, em relação ao dia anterior e aumentou o efetivo militar que combate no país, no que o Kremlin chamou de nova fase da guerra. Depois de atacar 300 alvos na segunda-feira, aviões e peças de artilharia russas lançaram mais de 1,2 mil ataques em território ucraniano.
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A movimentação era esperada desde a retirada dos arredores de Kiev, no começo de abril. Agora o objetivo é capturar a região de Donbas, no leste, onde os separatistas apoiados por Moscou lutam contra as forças ucranianas há oito anos.
Antiga demanda
Atendendo a uma reivindicação feita há semanas, os ucranianos receberam caças e peças de reposição para reforçar sua aviação, segundo declarou o Pentágono nesta terça-feira, 19, sem especificar quantos, de que tipo de aeronave e sua origem.
O porta-voz do departamento, John Kirby, ponderou que os Estados Unidos, que não querem parecer um país beligerante nesta guerra, facilitaram o envio de peças de reposição para o território ucraniano, mas não de aeronaves.
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A imprensa americana noticiou na noite desta terça-feira que o presidente Joe Biden deve anunciar um novo pacote de ajuda militar nos próximos dias e deverá ser equivalente ao de US$ 800 milhões anunciado na semana passada.
Protesto no G-20
A secretária do Tesouro americano, Janet L. Yellen, boicotará várias reuniões do Grupo dos 20 países (G-20) nesta semana para protestar contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, com a conferência do grupo em Washington surgindo como um teste chave para os líderes mundiais.
As reuniões do G-20 nesta semana - as primeiras desde o início da guerra - surgem como um indicador de como os principais órgãos internacionais do mundo responderão à agressão russa. Muitos dos países do G-20 condenaram a Rússia, mas alguns de seus membros mais influentes, como China e Índia, não.
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