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Al-Qaeda ameaça atacar judeus após decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel

Líder do braço iemenita do grupo disse que ‘os muçulmanos da região ocupada devem matar todos os judeus, atropelando-os ou esfaqueando-os’

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Por Redação
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DUBAI - Um líder do braço da Al-Qaeda no Iêmen convocou os militantes do grupo a cometer ataques com facas e carros contra judeus em resposta à decisão do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, informou nesta terça-feira, 23, a ONG SITE Intelligence Group, que monitora a atividade terrorista no mundo.

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Trump despertou a fúria dos palestinos em dezembro após anunciar que os EUA reconheciam Jerusalém como capital de Israel Foto: EFE/ Atef Safadi

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Citando uma gravação de vídeo feita pela Al-Qaeda, o SITE disse que Khaled Batarfi, considerado número dois do grupo na Península Arábica, também alertou que nenhum muçulmano tinha o direito de ceder parte alguma de Jerusalém.

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“Os muçulmanos da região ocupada devem matar todos os judeus, atropelando-os, esfaqueando-os ou usando qualquer arma contra eles, ou queimando suas casas”, disse Batarfi na gravação de 18 minutos intitulada “Nosso dever em relação à nossa Jerusalém”, de acordo com o SITE. “Todo muçulmano precisa saber que os americanos e o Ocidente descrente, e acima de tudo os britânicos e franceses, são a razão original por trás da existência dos judeus no território palestino.”

O líder do grupo disse ainda que os muçulmanos nos países ocidentais, incluindo os EUA, foram obrigados a focar nos interesses dos judeus e dos americanos. “Devem estar ansiosos para se preparar assim que possível e conduzir operações jihadistas contra eles”, acrescentou.

Trump despertou a fúria dos palestinos em dezembro após anunciar que os EUA reconheciam Jerusalém como capital de Israel, e disse que tinha a intenção de transferir a embaixada americana para a região.

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O vice-presidente americano, Mike Pence, em uma visita a Israel, disse na segunda-feira que a embaixada dos EUA será transferida de Tel-Aviv para Jerusalém até o fim de 2019.

Batarfi é um dos 150 membros da Al-Qaeda na Península Arábica presos que foram libertados quando o grupo militante, considerado um dos braços mais mortíferos da rede fundada por Osama bin Laden, capturou o porto da cidade iemenita de Mukalla em 2015. / REUTERS

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