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Aliança da Al Qaeda no Sahel reivindica ataque em Burkina Faso

O atentado contra a Embaixada da França e o Estado Maior do exército do país deixou 16 mortos

Atualização:

NOUAKCHOTT - A Frente Nusra do Islã e os Muçulmanos, o maior grupo jihadista do Sahel formado pela Al Qaeda e outros grupos, reivindicou neste sábado, 03, o atentado realizado ontem em Ouagadogou, capital de Burkina Faso, contra a Embaixada da França e o Estado Maior do exército do país, que deixou 16 mortos, oito deles militares.

Um carro queimado é visto em frente à embaixada francesa em Ouagadougou, capital de Burkina Faso,após um duplo atentado suicida na cidade. Foto: Ahmed Ouoba/AFP

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Em comunicado enviado à agência privada mauritana Al Ajbar, habitual canal dos jihadistas, a Frente Nusra assegura que o duplo atentado foi realizado como vingança pela morte de vários de seus líderes, entre eles Mohammed Hassan al Ansari, em recente ataque do exército francês.

O comunicado não dá mais detalhes sobre aquele ataque, mas aparentemente se refere ao registrado no dia 14 de fevereiro contra uma coluna de jihadistas no norte do Mali na qual se suspeitava estava o histórico líder Iyad Ag Ghali, jihadista tuaregue e líder das Frentes Nusra.

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No entanto, tudo indica que Ghali não estava entre as vítimas, mas sim algum de seus comandados.

Os jihadistas do Sahel sempre assinalam a França como um de seus principais inimigos, e a acusam de perpetuar o colonialismo nesta região que foi quase na sua totalidade colonizada pelo país até meados do século passado.

França tem cerca de 3.000 soldados presentes em diferentes países do Sahel (principalmente Mali e Níger), dentro da chamada "operação Barkhane", e por outro lado a França continua sendo o principal parceiro econômico e o principal investidor destes países. /EFE

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