SYDNEY - A maioria dos moradores de Sydney está proibida de sair da cidade a partir desta quarta-feira, 23, devido a um foco da variante Delta da covid-19 identificado na localidade, informaram as autoridades, que temem a propagação para outras regiões.
Mais de 30 pessoas testaram positivo desde o surgimento, na semana passada, do foco epidêmico no bairro de Bondi Beach em Sydney. A cidade é a maior da Austrália.
A primeira-ministra do estado de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, anunciou a entrada em vigor a partir de hoje da proibição de saída de Sydney, exceto por razões de absoluta urgência. A cidade também voltou a limitar o número de pessoas que podem se reunir.
A proibição de deslocamento afeta sete zonas em que foram registrados casos de covid-19.
As autoridades não ordenaram o fechamento de bares e restaurantes, mas proibiram que os frequentadores cantem e dancem.
Os grandes eventos estão autorizados, com capacidade limitada a 50% nos estádios.
A Austrália conseguiu controlar a propagação da covid-19 e registra menos de 30.000 casos desde o início da pandemia, a maioria deles no estado de Victoria, e menos de 1.000 mortes em uma população de 25 milhões de pessoas.
Delta na Europa
O avanço da variante Delta pelo mundo tem ameaçado alguns planos de reabertura. Na Europa, alguns dos principais países do continente tiveram que prorrogar suas restrições pelo rápido avanço da cepa.
Embora a variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, ainda responda por apenas uma fração do total de casos de covid-19 na Europa, ela está ganhando terreno em países como Alemanha, Espanha e França, e é a maior preocupação de autoridades do Reino Unido e de Portugal, onde o número de casos já é dominante.
Na semana passada, após dados oficiais mostrarem que a variante indiana pode aumentar o risco de hospitalização em até 2,2 vezes, em comparação com a variante alfa, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, suspendeu o relaxamento das restrições ainda vigentes no Reino Unido, adiando o que vinha sendo chamado de "Dia da Liberdade" pela imprensa britânica, marcado para 21 de junho. /AFP