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Após terremoto na região central da Itália, milhares de pessoas abandonam casas e ficam em tendas

Novos tremores abalaram mais ainda a região turística de Marcas; prefeitos pedem soluções alternativas para desabrigados em razão das chuvas e do frio

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Por Redação
Atualização:

ROMA - Milhares de pessoas passaram a noite fora de suas casas nas localidades italianas de Camerino, Muccia, Visso, Ussita e Castelsantangelo Sul Nera, após dois terremotos abalarem o centro do país na quarta-feira.

De acordo com as primeiras estimativas dos prefeitos dessas regiões, milhares de pessoas abandonaram suas casas tanto pelos danos como pelo medo dos novos tremores que ocorreram durante toda a madrugada.

Pessoas que ficaram desabrigadas após novos terremotos na Itália se instalam em centros provisórios Foto: AFP PHOTO

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Dois meses depois do terremoto do dia 24 de agosto, que devastou regiões inteiras e causou 297 mortes, foi registrado na mesma região um tremor de 5,4 graus de magnitude na escala Richter às 19h11 locais (15h11 em Brasília), e outro de 5,9 graus às 21h18 locais (17h18 em Brasília).

O epicentro do terremoto foi nas cidades Camerino, Muccia, Visso, Ussita e Castelsantangelo Sul Nera, onde edifícios foram danificados, pessoas feridas sem gravidade e um idoso morreu de infarto.

O segundo terremoto, muito mais forte que o anterior, surpreendeu as pessoas que já estavam fora de suas casas e por isso não houve feridos ou vítimas.

Os prefeitos das áreas abaladas advertiram que as tendas de campanha não podem ser a solução em razão do mau tempo, já que choveu durante toda a noite, e do frio, e pediram que se estudem outras soluções.

Golpe. Os novos terremotos que castigaram a região italiana de Marcas "foram o golpe final" para uma região considerada como turística para muitas pessoas, relatou nesta quinta-feira, 27, um dos moradores afetados de Visso, próximo ao epicentro.

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Giuseppe Sorrana passeava pelo acampamento de deslocados do pequeno município de Visso, cujas ruas apresentam um aspecto desolador em razão da fuga de seus habitantes após os terremotos recentes.

Até o momento, não há registros de vítimas, mas apesar disso os tremores a população e os turistas com medo. "Aqui todos nos transformamos em pobres. Antes era uma zona turística, mas depois de 24 de agosto as pessoas começaram a ir embora. Ficamos porque somos residentes", afirmou Sorrana.

Ele também lamenta que os restaurantes onde antes eram servidos pratos suculentos, "agora estão todos fechados". "Aqui não vem ninguém. As casas e certas ruas estão arruinadas.” / EFE

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