MINSK - A população da Bielo-Rússia sai às ruas do país há três semanas para derrubar o governo da "última ditadura da Europa". Os manifestantes pedem que o líder Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, deixe o poder.
"Os mortos não vão perdoar Sasha 3%": descrição em casa se refere a Alexander Lukashenko, apelidado de Sasha 3% em alusão à sua baixa popularidade. A polícia bielo-russa já prendeu ao menos 7 mil pessoas nos protestos que deixaram quatro mortos e mais de 200 feridos.
Grafite mostra gestos feitos pela oposição na Bielo-Rússia. O punho erguido foi usado por Svetlana Tikhanovskaya e Maria Kolesnikova's, por exemplo. Os atos contra o líder começaram após Lukashenko ter declarado vitória em uma eleição amplamente considerada fraudulenta.
"Liberdade! 3%", pintura em rua faz referência à baixa popularidade de Lukashenko; manifestantes protestam contra o governo na Bielo-Rússia desde a eleição. Até agora, o uso da força por policiais, com relatos de desaparecimentos, espancamentos e tortura, encorajou um movimento de protesto incipiente que uniu uma vasta parte da sociedade bielorrussa em suas demandas por eleições justas e o fim dos 26 anos de Lukashenko no poder.
Prédio em Minsk tem pichação contra Lukashenko com referência à sua baixa popularidade. Em represália aos protestos, a polícia prendeu Sergei Dylevsky, um funcionário de uma fábrica que se tornou um líder grevista reconhecido, e Olga Kovalkova, uma assessora da candidata derrotada nas eleições de 9 agosto Svetlana Tikhanovskaya. Svetlana fugiu para a Lituânia, de onde tem liderado um movimento de oposição.
Desenho de Lukashenko foi feito em uma propaganda em Minsk. A Bielo-Rússia vem passando por uma crise política sem precedentes após as eleições e os manifestantes pedem a saída do líder do poder. O presidente bielo-russo, conhecido no mundo diplomático como “o último ditador da Europa”, foi reeleito para seu sexto mandato com cerca de 80% dos votos. Imediatamente, a população se mobilizou nas ruas das principais cidades do país, acusando o presidente de fraudar a eleição, exigindo a libertação dos presos políticos e o fim do regime. / AFP