Artista desenha encontro da rainha com príncipe Philip e venda de cópias vai para caridade

Esboço teve quase 400 mil curtidas no Instagram e foi amplamente compartilhado no Facebook e Twitter

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Por Jennifer Hassan
Atualização:

THE WASHINGTON POST - Enquanto a notícia de que a saúde da rainha Elizabeth II estava se deteriorando se espalhava, uma ilustradora britânica pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.

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Kerri Cunningham, uma artista e mãe de três filhos de Lancashire, na Inglaterra, desenhou a rainha e seu marido, o príncipe Philip, que morreu no ano passado, sentados em uma toalha de piquenique com o braço dele colocado carinhosamente em suas costas.

Ao lado deles, um corgi e, acima, um céu azul brilhante. Embaixo da imagem, que logo se tornaria viral com a notícia da morte da rainha horas depois, lia-se: “Olá novamente Lilibet”. Cunningham está vendendo cópias da gravura e todos os lucros irão para uma importante instituição de caridade para crianças.

Em uma foto de setembro de 1960, a rainha Elizabeth II, o príncipe Philip e seus filhos, o príncipe Charles, à direita, a princesa Anne e o príncipe Andrew, posam no gramado do Castelo de Balmoral, na Escócia Foto: AP

Quando o Palácio de Buckingham fez o anúncio formal de que a monarca mais antiga do Reino Unido havia morrido aos 96 anos, Cunningham estava colocando um de seus três filhos para dormir.

A imagem, que ela publicou em sua conta do Instagram, começou a viajar por toda parte. Estava ressoando com dezenas de milhares de pessoas, que logo começaram a perguntar onde poderiam comprar uma cópia.

“Adoro a ideia de que você esteja colocando seus filhos na cama sem imaginar o que está acontecendo no seu Instagram”, dizia uma mensagem de texto enviada a Cunningham naquela noite.

A imagem - que teve quase 400 mil curtidas no Instagram e foi amplamente compartilhada no Facebook e Twitter - foi inspirada em uma foto que ela viu uma vez da rainha, Philip e três de seus filhos passando férias no Castelo de Balmoral, na Escócia, contou Cunningham ao Washington Post.

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O ano era 1960, e juntos eles descansavam em um cobertor xadrez. Um corgi, um dos muitos cães amados da rainha, estava com eles.

Cunningham disse que não parava de pensar naquela foto enquanto desenhava, acrescentando que seu objetivo era colocar o casal real – que estava casado há mais de 70 anos – “juntos novamente em seu pequeno cobertor”.

Cunningham disse que ficou surpresa, mas também “realmente tocada” com a reação à sua obra de arte, que ela desenhou em sua mesa da cozinha.

A inglesa de 34 anos disse que a morte da rainha fez muitas pessoas ao redor do mundo sentirem como seria perder seus próprios avós. Muitas pessoas disseram a ela que ficaram comovidas com a ideia do casal real voltar a se reunir.

‘Lilibet’

Quando criança, a rainha achava difícil pronunciar seu nome, muitas vezes se atrapalhando – para diversão dos membros da família, que começaram a chamá-la de “Lilibet”, de acordo com a mídia britânica. O apelido permaneceu com ela por toda a vida e se tornou um dos apelidos de seu marido para ela.

“Lilibet é a única ‘coisa’ no mundo que é absolutamente real para mim”, escreveu Philip à mãe dela em um bilhete logo após se casar com Elizabeth, em 1947.

O príncipe Harry, um dos oito netos da rainha, e sua mulher, Meghan, duquesa de Sussex, deram à filha o nome de Lilibet Diana, em homenagem à sua bisavó e à mãe de Harry, a princesa Diana.

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A artista disse que há muito tempo usa o Instagram como plataforma para compartilhar seu trabalho, embora geralmente faça esboços sobre maternidade. Seus posts costumam ser sobre cestos de roupa suja transbordando e as alegrias – e provações – de ser mãe.

Ela está um pouco preocupada agora que suas dezenas de milhares de novos seguidores possam considerar sua conta real. “Eles terão uma surpresa”, ela riu, admitindo que havia tantos poemas quanto esboços inspiradores.

E o desenho original? “Esse vai para o armário, longe das mãos manchadas de espaguete das crianças”, disse Cunningham.

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