Governo decretou dia cívico e a movimentação que se vê é para finalizar alguns detalhes no local onde será a cerimônia
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Por Fernanda Simas , Cartagena e Colômbia
Atualização:
CARTAGENA, COLÔMBIA - A cidade de Cartagena se prepara para ver a histórica assinatura do acordo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A movimentação na cidade nesta segunda-feira, 26, é diferente de qualquer outro dia. As ruas estão fechadas, todos os turistas recebem instruções para carregar um documento e algo que prove a reserva em algum hotel, para o caso de serem parados por policiais. Além disso, o próprio policiamento foi reforçado e os cidadãos de Cartagena tiveram de alterar sua rotina.
O governo decretou dia cívico, ou seja, as empresas públicas não funcionam, e a movimentação que se vê é para finalizar alguns detalhes no local da cerimônia, perto do Museu Naval.
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Os funcionários vestidos de branco terminam de colocar as cadeiras na área onde será cerimônia, o painel com o desenho da pomba da paz que se tornou símbolo do processo está pronto e os testes de som estão sendo realizados.
Desde a tarde de domingo diversos líderes mundiais desembarcaram na cidade turística e deram declarações de apoio ao processo de paz. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como "Timochenko", assinarão o acordo resultante de quatro anos de negociações em uma cerimônia que contará com a presença de lideranças mundiais no fim desta tarde.
Enquanto isso, a oposição contrária ao acordo de paz realiza manifestações, lideradas pelo senador e ex-presidente Álvaro Uribe, sob o lema "Colômbia não se rende".
Guerrilheiras das Farc se preparam para deixar 'uniformes de guerra'
1 / 10Guerrilheiras das Farc se preparam para deixar 'uniformes de guerra'
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Mayerli, integrante da frente 32 das Farc em Putumayo. A jovem de 18 anos passou quatro anos com a guerrilha e gostaria de ser enfermeira Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Diana Marcela faz parte da 48.ª Frente das Farc, tem 28 anos e disse ter passado 13 na guerrilha. Ela deseja estudar fotografia Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Carolina, 18 anos, integra a Frente 49 da guerrilha. Ela ficou três anos nas Farc e deseja estudar engenharia Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Derly tem 24 anos e passou nove anos com a Frente 49 das Farc. Após o acordo de paz com a Colômbia, ela deseja estudar medicina Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Johana, 19 anos, integra a 32.ª Frente das Farc. Ela ficou na guerrilha por seis anos e quer estudar enfermagem ao deixar o grupo Foto:
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Yeimi, 23 anos, ficou 10 anos ao lado da guerrilha e faz parte da 48.ª Frente. Após o acordo de paz quer estudar sistemas Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Yiceth tem 18 anos e ficou quatro ao lado das Farc. Após a desmobilização da guerrilha, ela deseja estudar enfermagem Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Rubiela tem 32 anos e passou 10 na Frente 49 das Farc. Ela deseja estudar odontologia ao deixar o grupo Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Yuri Renteria, 18 anos, integra a Frente 32 das Farc. Ela diz que após o acordo de paz com a Colômbia deseja cursar engenharia Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Sofia tem 19 anos e passou seis integrando a Frente 49 das Farc. Após deixar as armas, ela quer estudar Direito Foto: AP Photo/Fernando Vergara