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Cenário: Entrada da Turquia muda equilíbrio do conflito sírio

Ancara opera um satélite próprio, exclusivo dos comandos da Defesa, e desenvolveu uma variada indústria local de sistemas de armas

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A entrada da Turquia na guerra civil de cinco anos da Síria não é pouca coisa. O país mantém o terceiro maior poder militar da Otan, superado só por EUA e Reino Unido – são 510 mil combatentes, mais uma reserva de mobilização rápida estimada em 278 mil. O arsenal básico soma 2.504 tanques pesados, 3.600 blindados, 7.800 canhões e 350 aviões de combate, 212 dos quais supersônicos F-16 Falcon, americanos. Ancara opera um satélite próprio, exclusivo dos comandos da Defesa, e desenvolveu uma variada indústria local de sistemas de armas.

Tanque turco segue em direção à Síria, onde o Exército iniciou operação contra o Estado Islâmico Foto: AFP PHOTO / BULENT KILIC

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É um Estado fortemente militarizado e a mão pesada dessa estrutura foi sentida nos últimos dois dias em Karkamis, Manbich e Jarabulus, cidades envolvidas na ofensiva contra o EI. Milicianos curdos do movimento YPG, que combate o regime turco, também foram bombardeados. O Grupo Expedicionário Escudo do Eufrates, que cruzou a fronteira da Síria, não é muito grande. Um regimento de 20 tanques alemães Leopard, com canhões de 120 mm, entrou em território sírio. Outros 20 veículos leves, blindados de assalto e reconhecimento armado acompanharam a coluna.

O ataque começou às 4h40 de ontem. A aviação turca teria atingido antes do amanhecer 81 dos 85 alvos designados pelos serviços de inteligência. Jatos americanos de ataque ao solo A-10 Thunderboldt II e caças F-16 deram suporte. Quando o sol nasceu, artilharia de longo alcance destruiu “todos os objetivos estratégicos do inimigo”. O número de mortos passava de 90. Os canhões dos tanques ainda não haviam disparado.

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