Crianças filhas de russas condenadas no Iraque por pertencer ao EI voltam à Rússia

Governos estrangeiros envolvidos nas batalhas contra o Estado Islâmico têm relutado em repatriar suspeitos de serem membros do grupo extremista e suas famílias, incluindo viúvas e filhos

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Por Redação
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BAGDÁ - Trinta crianças russas cujas mães estão presas no Iraque por pertencerem ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) deixaram neste domingo, 30, Bagdá para retornar ao seu país.

Filhos de mulheres suspeitas de pertencer ao EI deixamo Iraque para retornarà Rússia Foto: EFE/EPA/MURTAJA LATEEF

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Segundo o embaixador russo no Iraque, Maksim Maksimov, mais crianças serão reassentadas em uma data posterior. As crianças saíram do Aeroporto Internacional de Bagdá em um avião de Estado russo com destino a Moscou. 

Os pais dessas crianças, de entre 3 e 10 anos, morreram durante os três anos de combates entre o grupo extremista e as tropas iraquianas, que expulsaram o EI de todos os seus redutos no país no fim de 2017, assinalou a fonte. 

No início da semana passada, o presidente checheno, Ramzan Kadyrov, afirmou que as crianças chegariam à Rússia neste domingo, e 24 delas provinham do Daguestão e outras 3 da Chechênia.

O primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdel Mahdi, recebeu neste domingo a enviada do presidente russo para os direitos das crianças, Anna Kuznetsova, que pediu a distinção "entre questões humanitárias e crimes terroristas".

"Essas crianças também são vítimas", acrescentou, segundo informações de seu escritório, que não mencionou a repatriação. 

Quase 4,5 mil cidadãos russos partiram ao estrangeiro para combater "junto aos terroristas", assinalou o FSB (Serviço de Segurança Federal da Rússia) há um ano.

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Os governos estrangeiros evolvidos nas batalhas contra o Estado Islâmico têm relutado em repatriar suspeitos de serem membros do grupo extremista e suas famílias, incluindo viúvas e filhos, deixando para as autoridades no Iraque e na Síria a decisão de colocá-los em campos de refugiados ou cadeias. / AFP e AP 

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