EUA dizem na ONU que decisão russa de enviar tropas ao leste da Ucrânia é pretexto para invasão

Embaixadora americana diz em reunião do Conselho de Segurança que medida é absurda; China pede cautela e evita referendar ações de Putin

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Por Redação
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WASHINGTON - A decisão russa de enviar "tropas de paz" ao leste da Ucrânia é um "absurdo", afirmou nesta terça-feira, 22 (horário local, noite de segunda-feira no Brasil) a embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield. Falando em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da organização, Thomas-Greenfield afirmou, ainda, que a Rússia reconheceu a independência de duas regiões separatistas da Ucrânia em uma tentativa de criar um pretexto para uma nova invasão.

Guardas ucranianos patrulham fronteira entre Ucrânia e Belarus em Novi Yarylovychi; tensão aumenta na região Foto: Oleksandr Ratushniak/AP

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Greenfield acrescentou que as consequências da ação da Rússia serão terríveis na Ucrânia, na Europa e no mundo e que o número de vítimas humanitárias aumentará significativamente se Moscou invadir o país.

Já a delegação chinesa pediu cautela, mas evitou referendar a decisão de Putin de autorizar o envio de tropas ao leste da Ucrânia.

Mais cedo, os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia prometeram reagir em conjunto à decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer a independência de repúblicas separatistas da Ucrânia e enviar tropas para a região. O governo americano aplicou sanções a separatistas pró-Rússia que atuam no leste da Ucrânia, mas evitou punições ao Kremlin. 

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, acusou a Rússia de violar a integridade territorial de seu país ao reconhecer a independência das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.

"A Ucrânia descreve inequivocamente as últimas ações da Rússia como uma violação da soberania e integridade territorial de seu Estado. Toda a responsabilidade pelas consequências desta decisão recai sobre os líderes da Rússia", disse Zelenski durante um discurso televisionado nesta terça-feira, 22 (horário local, noite de segunda-feira no Brasil).

O  presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta segunda-feira, 21, dois decretos que autorizam envio de tropas para duas regiões separatistas no leste da Ucrânia depois de reconhecer Donetsk e Luhansk como repúblicas independentes. A medida, que ecoa os movimentos de Putin na Guerra da Geórgia em 2008, foi anunciada um dia depois dos esforços do presidente francês, Emmanuel Macron, de negociar uma saída diplomática para a crise.   /REUTERS

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