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Documentos sobre a prisão de Rosa Parks e Luther King são recuperados

Registros judiciais encontrados no Tribunal de Montgomery estão sendo digitalizados pela Universidade do Estado do Alabama

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Por Redação
Atualização:

MONTGOMERY - Registros judiciais amarelados das prisões de Rosa Parks, Martin Luther King Jr. e outros ativistas estão sendo preservados e digitalizados após serem descobertos, dobrados e embrulhados em elásticos.

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Polícia cadastra as digitais de Rosa Parks depois que ela foi presa por não ceder seu assento ao homem branco em ônibus na cidade de Montgomery, no Estado do Alabama Foto: Gene Herrick/AP (22/2/1956)

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Arquivistas da Universidade do Estado do Alabama, historicamente negra, estão catalogando dezenas de documentos encontrados no Tribunal do Condado de Montgomery. A servidora Tiffany McCord espera que o material esteja disponível em versão eletrônica já no fim de junho.

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Depois que os registros estiverem no sistema online do Alabama, historiadores e curiosos poderão ler as alegações originais feitas pelos advogados de Rosa após sua recusa em ceder seu lugar a um homem branco em um ônibus da cidade de Montgomery, em 1º de dezembro de 1955.

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A prisão de Rosa levou ao Boicote aos Ônibus de Montgomery, que lançou um jovem Luther King como líder da luta pelos direitos civis, quando o pastor nascido em Atlanta trabalhava em sua primeira igreja no centro da cidade.

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Martin Luther King Jr. recebe beijo de sua mulher, Coretta, depois de deixar tribunal em Montgomery, no Estado do Alabama Foto: Gene Herrick/AP (22/3/1956)

Os registros preservados incluem um documento de fiança assinado em tinta preta por Luther King, preso em março de 1956 com Parks e mais de 100 outros acusados de boicotar o sistema de ônibus em protesto ao tratamento dado a ela.

"Eu acho que o público deve conseguir ver esse material", disse Tiffany. "É emocionante que esteja acontecendo."

Imagem resgatada pela Universidade do Estado do Alabama mostra a assinatura de Martin Luther King Jr. Foto: Universidade do Estado do Alabama/AP

O arquivista da Universidade do Estado do Alabama Howard Robinson afirmou que os registros são importantes por fornecer profundidade sobre a história dos primeiros dias do movimento.

Segundo Robinson, os registros incluem os nomes de pessoas menos conhecidas, como testemunhas que viram a prisão de Rosa, participantes do boicote aos ônibus e advogados.

"Esses documentos nos permitem entender quem eram essas pessoas", disse o arquivista. /AP

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