Ensino do inglês será prioridade em Cuba, após distensão com os Estados Unidos
Durante a Guerra Fria, país substituiu ensino de inglês pelo russo; agora, com reaproximação com os americanos e a retomada dos laços diplomáticos, idioma volta a ser prioridade na ilha
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Por Redação
Atualização:
HAVANA - Em meio ao histórico degelo das relações entre Estados Unidos e Cuba, o ensino do inglês passará a ser uma das "prioridades" no sistema educacional da ilha, informou na segunda-feira, 31, a imprensa cubana.
"Como prioridades na educação, foram mantidos o ensino da História de Cuba e da língua materna (espanhol), assim como o domínio do idioma inglês", afirmou o jornal estatal Granma, em reportagem sobre o início do ano escolar, nesta terça-feira, 1.
Novos tempos em Cuba
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Cubanos acessam sinal de internet em um dos 35 pontos de Havana que têm Wi-Fi; apesar de ter sido reduzido, preço é muito alto
Cubanos acessam sinal de internet em um dos 35 pontos de Havana que têm Wi-Fi; apesar de ter sido reduzido, preço é muito alto Foto: REUTERS/Enrique de la Osa
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Carros dos anos 50 que funcionam como táxis em Havana - As imagens de Havana foram feitas pela correspondente do Estadão Cláudia Trevisan e por agênci... Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃOMais
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Juan, de costas, e vizinhos do bairro Romerillo; todos dizem que os salários que recebem são insuficientes para viver e esperam mudanças com a retomad... Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃOMais
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Muro com slogans em frente à Embaixada dos EUA, na Tribuna Anti-Imperialista Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃO
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Félix Bueno, 64, em sua casa no bairro Romerillo; Na parede, uma imagem modificada de Che Guevara, feita por um artista mexicano. Nas mãos, a foto de ... Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃOMais
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José Luís, motorista da reportagem do Estado, com seu Moscovich 1980, que herdou do pai, e o gancho improvisado que usa para manter o vidro fechado Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃO
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Juan em sua casa em Romerillo com uma manga que custa 5 pesos (0,25 dólares); com aposentadoria e trabalho de vigia, ele ganha 360 pesos por mês Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃO
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Prédio da Embaixada dos EUA em Havana Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃO
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Cubanos consertam carro americano dos anos 50 no bairro Romerillo, em Havana Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃO
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Jornal que está no Museu da Revolução; com data de 4 de janeiro de 1961, anuncia a decisão dos EUA de romper relações com Cuba Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃO
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Carros dos anos 50 que funciona como táxi em Havana; várias pessoas tomam o mesmo veículo, que faz um trajeto definido ao custo de US$ 0,40 Foto: Cláudia Trevisan/ESTADÃO
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Grupo de turistas passeia em antigo carro conversível em Havana. Para americanos, visitar Cuba é uma verdadeira "viagem no tempo" Foto: Alejandro Ernesto_EFE
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É cada vez mais comum a presença de turistas americanos em Havana, atraídos por construções antigas e carros clássicos que ainda circulam pelas ruas Foto: Alejandro Ernesto / EFE
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Altar onde Papa Francisco rezará a primeira missa em território cubano Foto: Alejandro Ernesto / EFE
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A retomada das relações entre EUA e Cuba está permitindo a entrada de navios de cruzeiros e elegantes iates de luxo no território cubano Foto: Desmond Boylan / AP
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Preparativos para receber o Papa em Havana começam a mudar a fachada da capital. Pontífice chega à cidade no dia 19 de setembro Foto: Alejandro Ernesto / EFE
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Turistas caminham em Havana e desfrutam de uma autêntica "viagem no tempo" Foto: Alejandro Ernesto / AP
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Segurança caminha ao lado do iate americano Still Waters, atracado na marina Hemingway, em Havana Foto: Desmond Boylan / AP
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Grupo de turistas visita uma feira de livros em Havana. Muitos americanos querem visitar a ilha para saber o que mudou em 50 anos Foto: Alejandro Ernesto / AP
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Trabalhadores cubanos constroem altar para a visita do Papa Francisco Foto: Alejandro Ernesto / EFE
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Cachorro com fantasia em desfile de Carnaval em Santiago. Festividade deve atrair mais turistas a cada anoapós a retomada das relações com os EUA Foto: Alejandro Ernesto / EFE
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Nos anos 70, o ensino do inglês foi substituído pelo russo, idioma do principal aliado de Cuba desde a Revolução de Fidel Castro em 1959: a União Soviética.
No entanto, com a desintegração do bloco soviético em 1991, o inglês voltou aos programas de ensino, mas a atual aproximação entre Washington e Havana desencadeou um grande interesse dos cubanos por aprender a língua.
"O inglês é imprescindível porque a cada dia que passa teremos mais contato (com os Estados Unidos e outros países). Além disso, vocês sabem, com a tecnologia é preciso falar inglês. Se falarem dois ou três idiomas melhor, mas o inglês é imprescindível", declarou o número dois do Partido Comunista cubano, José Ramón Machaco Ventura, ao fim de um congresso de estudantes universitários no sábado.
Fidel Castro reconheceu em 2008, dois anos depois de delegar o mandato a seu irmão Raúl, a importância de falar o idioma do inimigo: "Os russos estudavam inglês. Todo mundo estudava inglês, menos nós, que estudávamos russo", lamentou.
TV Estadão: Esperança na reabertura da embaixada dos EUA em Cuba
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Apesar das tensões com os EUA, os cubanos incorporaram muitas palavras do inglês a sua língua coloquial.
Em 17 de dezembro, os presidentes Barack Obama e Raúl Castro, em anúncio conjunto, revelaram o início de negociações para acabar com mais de 50 anos e inimizade. No dia 20 de julho, os dois países restabeleceram formalmente suas relações diplomáticas, rompidas em 1961. / AFP