Erdogan culpa países do Ocidente por situação em Gaza; Israel retira diplomatas da Turquia

Israel está em guerra com o grupo terrorista Hamas desde os ataques que resultaram na morte de ao menos 1.400 pessoas e no sequestro de outras 230

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Por Redação
Atualização:

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou, no sábado, 28, o Ocidente de ser “o principal culpado pelos massacres na Faixa de Gaza” em um comício em apoio à causa palestina na cidade de Istambul. Israel está em guerra com o grupo terrorista Hamas desde os ataques de 7 de Outubro, quando um ataque terrorista do Hamas em território israelense resultou na morte de ao menos 1.400 pessoas e no sequestro de outras 230.

“Os principais culpados dos massacres em Gaza são os ocidentais. Com exceção de algumas consciências que levantaram a voz, estes massacres são inteiramente obra do Ocidente”, disse o chefe do Estado turco em um comício que reuniu milhares de pessoas.

Erdogan acusou as potências ocidentais de “criarem uma atmosfera de perseguições” contra os muçulmanos.

“Todo mundo sabe que Israel não pode dar um passo sem as potências ocidentais”, afirmou, reprovando os países do Ocidente por não terem pedido um cessar-fogo.

“Choram pelas crianças mortas na Ucrânia, por que silenciam diante das crianças mortas em Gaza?”, perguntou, acusando Israel de cometer “crimes de guerra”. “Claro que todo país tem o direito de se defender, mas onde está a justiça? O que está ocorrendo em Gaza não é legítima defesa, mas sim um massacre”, continuou o presidente turco.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, participa de coletiva de imprensa em Ancara, Turquia  Foto: Necati Savas / EFE

Relações diplomáticas

Essas declarações levaram Israel a retirar seus diplomatas da Turquia para “reavaliar as relações” bilaterais.

“Dadas as graves declarações vindas da Turquia, ordenei a retirada dos representantes diplomáticos para reavaliar as relações entre Israel e Turquia”, publicou o ministro israelense das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, na noite de sábado.

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No discurso de Erdogan, ele também afirmou que o grupo terrorista Hamas não podia ser chamado de terrorista e descreveu a organização como “combatentes pela liberdade”./AFP

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