WASHINGTON- Os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia prometeram reagir em conjunto à decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer a independência de repúblicas separatistas da Ucrânia e enviar tropas para a região. O governo americano aplicou sanções a separatistas pró-Rússia que atuam no leste da Ucrânia, mas evitou punições ao Kremlin.
O presidente Joe Biden emitiu uma ordem executiva proibindo americanos de realizarem investimentos, comércio e financiamento com pessoas nas duas regiões da Ucrânia. Washington, porém, não falou sobre penalidades diretas à Rússia. Segundo o New York Times, um pacote mais agressivo de sanções estaria reservado caso as tropas russas avancem além das províncias separatistas de Donetsk e Luhansk.
Segundo um comunicado divulgado por Berlim, Biden conversou com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, e ambos alertaram que a decisão de Putin não ficará sem resposta. A nota diz que os três concordam que a medida unilateral da Rússia constitui uma violação clara dos acordos de paz de Minsk para solucionar o conflito ucraniano.
Os três aliados ocidentais se comprometeram a não recuar em seu compromisso com a integridade territorial e a soberania da Ucrânia.
A reação do governo Biden ecoou as respostas dos aliados europeus à performance de uma hora de Putin, que transmitiu com raiva décadas de queixas russas sobre a Ucrânia, a Otan e os EUA.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, atacou Putin, dizendo no Twitter que o reconhecimento da Rússia dos dois territórios “é uma violação flagrante do direito internacional, da integridade territorial da Ucrânia e dos acordos de Minsk”.
A ministra das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse que o Reino Unido e a UE estão coordenando para anunciar em breve sanções conjuntas contra a Rússia.
Segundo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson,a medida de Putin foi “um mau presságio e um sinal muito sombrio” do que estaria por vir. O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, acusou Moscou de escalar o conflito e instou a Rússia a “escolher a diplomacia”. /NYT, AFP, AP