EUA preveem mais sanções se Irã não negociar programa nuclear

Secretária de Estado advertiu quando possibilidade de 'sanções bastante duras'.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, advertiu nesta quarta-feira que novas sanções, "bastante duras", podem ser aplicadas ao Irã caso o país se recuse a discutir seu programa nuclear. Hillary disse que os Estados Unidos vão estender a mão ao país persa, mas os iranianos devem também mostrar abertura para as negociações. "Sim, estamos mais do que dispostos a dialogar com os iranianos sobre uma série de assuntos, partindo do pressuposto de que eles querem conversar também", disse ela. "Também deixamos espaço para o tipo de sanções bastante duras que podem vir a ser necessárias no caso de nossa oferta ser rejeitada, ou o processo não ser conclusivo ou ser mal-sucedido." Incentivos Nesta quarta-feira, o governo de Teerã anunciou estar pronto para um "diálogo construtivo" com as potências mundiais acerca de seu programa nuclear. Além disso, na semana passada, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, havia dito que apresentaria um novo pacote de propostas para discussão, mas desde então não revelou mais detalhes. O Irã diz que tem o direito de ir continuar com seu programa de energia nuclear, que afirma ter fins exclusivamente pacíficos. Mas os Estados Unidos e outros países ocidentais suspeitam que o programa seja uma cobertura para a fabricação de armas nucleares. O governo iraniano continua a enriquecer urânio, combustível que pode ser usado tanto para a produção de energia nuclear pacífica como militar, apesar das negociações internacionais que ocorreram nos últimos anos. O Conselho de Segurança da ONU já impôs uma série de sanções ao país. O grupo de países que coordena a política internacional para o programa nuclear iraniano reafirmou no começo de abril a proposta de auxílio econômico e político ao governo de Teerã, caso o país interrompa seu programa de enriquecimento de urânio. O grupo é formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança na ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha), além da Alemanha. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.