SAN JOSÉ - Uma ex-miss da Costa Rica abriu um processo por abuso sexual contra o ex-presidente costa-riquenho e prêmio Nobel da Paz Óscar Arias, sendo a segunda mulher a procurar a Justiça para denunciar o político e a quinta a acusá-lo de abuso só nesta semana.
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O caso da ex-miss, que não teve a identidade revelada, foi publicado nesta sexta-feira, 8, pelo portal Ameliarueda.com. Conforme o relato, Arias a convidou, em 2015, para pegar um livro na casa dele. “Eu sou mais alta, mas ele agarrou minha cabeça, eu estava com o cabelo solto, me agarrou, me puxou para perto do seu corpo. Então, com uma das mãos tocou os meus seios por cima da roupa e me beijou contra a minha vontade”, contou a modelo.
A ex-miss disse ter ficado “em choque”, pois “não esperava algo assim de uma pessoa tão conhecida”, que ela “admirava muito”. No mesmo ano, ela tentou formalizar a denúncia, mas três advogados rejeitaram acompanhá-la e sugeriram que ela não fosse aos tribunais. No entanto, ela disse que agora reuniu forças após ver que, na segunda-feira, outra mulher denunciou Arias por abuso sexual.
“Quando vi o que aconteceu com a garota e o movimento #MeToo, achei que tinha de me fortalecer, pois vi que isso era habitual para ele. Procurei dois advogados e eles me disseram que não me ajudariam, mas consegui encontrar um que resolveu me acompanhar para apresentar a queixa”, comentou a ex-miss ao Ameliarueda.com.
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A primeira denúncia foi feita por Alexandra von Herold, que em dezembro de 2014 procurou Arias para pedir apoio para a sua causa antinuclear. As jornalistas Nono Antillón e Emma Daly disseram que Arias cometeu abusos sexuais contra elas em 1986 e 1990, respectivamente.
Os jornais também publicaram o testemunho de Marta Araya, editora do livro de Arias, segundo a qual o político a assediou em 2012. Outra denunciante, a jornalista da revista Perfil, Mónica Morales, disse que Arias sugeriu que ela sentasse no colo dele durante uma entrevista em 2013. Arias, de 78 anos, se limitou a negar apenas a primeira denúncia. / EFE