O governo do presidente americano Donald Trump aumentou a pressão contra a Venezuela nesta sexta-feira, 28, ao aplicar novas sanções contra o filho do presidente Nicolás Maduro, conhecido como “Nicolasito”.
O Departamento do Tesouro americano alega que Nicolás Ernesto Maduro Guerra, de 29 anos, se envolveu em propaganda pró governo, censura e enriquecimento ilícito por meio da mineração na Venezuela junto com o pai e a primeira-dama Cilia Flores. Segundo o Departamento, ele também é responsável por desenvolver uma estratégia no começo de 2019 para pressionar o Exército Nacional a manter ajuda humanitária fora do país, que se encontra em uma grave crise econômica e social.
“Maduro se apoia em seu filho Nicolasito e em outros próximos ao seu regime autoritário para manter um estrangulamento na economia e reprimir o povo venezuelano”, afirmou o secretário Steven Mnuchin, que acompanha a comitiva do presidente Trump em Osaka, no Japão, para o encontro do G-20. “O Tesouro continuará a focar em parentes cúmplices do regime ilegítimo que estão se beneficiando da corrupção aplicada por Maduro”.
Maduro colocou o filho como dirigente da Corpo de Inspetores Socialistas da presidência da república. Ele também é membro da Assembleia Nacional Constituinte, um órgão pró-Maduro criado pelo governo em 2017 para sobrepor a Assembleia Nacional, controlada pela oposição liderada por Juan Guaidó.
Os EUA não reconhecem a Assembleia Nacional Constituinte como legítima, e previamente aplicaram sanções a outros membros do órgão.
O fato do Tesouro americano aplicar as sanções significa que qualquer investimento em nome de “Nicolasito” nos EUA será congelado, o que também dificultará transações no sistema bancário internacional. Maduro Guerra também está proibido de fazer negócios com pessoas e empresas americanas. / REUTERS e AFP