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Governos deveriam aumentar a pressão sobre farmacêuticas; leia análise 

A Casa Branca sempre foi relutante, mas começou a mudar de ideia quando Joe Biden assumiu o cargo, em janeiro

Por Richard Pérez-Peña
Atualização:

Os Estados Unidos investiram bilhões de dólares no desenvolvimento de vacinas e gastaram bilhões a mais para comprar os imunizantes. O governo americano também controla uma patente crucial em um processo usado na fabricação de vacinas e o Instituto Nacional de Saúde (NIH) ajudou a desenvolver o imunizante da Moderna. Tudo isso dá poder para obrigar as farmacêuticas a cooperar. 

Seringas preparadas com dozes da vacina da Pfizer em Long Beach, Califórnia Foto: Jae C. Hong/AP

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A Casa Branca sempre foi relutante, mas começou a mudar de ideia quando Joe Biden assumiu o cargo, em janeiro. “O governo tem uma influência enorme, principalmente sobre a Moderna”, disse Tinglong Dai, professor da Universidade Johns Hopkins, especializado em gestão de saúde.

As patentes são uma área em que os governos podem ser mais agressivos no uso de sua influência. Mas, no curto prazo, segundo Dai, o impacto seria maior se as autoridades tivessem agido mais cedo e com mais força para insistir que as farmacêuticas que desenvolveram as vacinas fizessem mais acordos com concorrentes para aumentar a produção em massa. 

Esse tipo de cooperação é essencial. Várias empresas indianas concordaram em fazer a russa Sputnik. A Sanofi, que já produz a vacina da Pfizer e da Johnson & Johnson, fechou acordo com a Moderna. Biden pressionou a Johnson & Johnson a trabalhar com a Merck para produzir mais imunizantes.

*É JORNALISTA

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