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Grupo de hackers russos atacou partido político de Macron em março

Empresa japonesa de segurança cibernética informou que o ataque ao movimento En Marche, do candidato centrista que disputará o segundo turno das eleições na França, consistiu no envio de e-mails fraudulentos

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Por Redação
Atualização:

PARIS - Um grupo de hackers russos atacou em março o En Marche!, movimento político de Emmanuel Macron, o candidato mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais na França, informou nesta terça-feira, 25, a empresa japonesa de segurança cibernética Trend Micro.

O ataque consistiu em várias tentativas de “phishing”, uma técnica para roubar dados pessoais ou de identificação com o envio de e-mails fraudulentos.

De acordo com um relatório da Trend Micro, os hackers russos do grupo Pawn Storm podem ser os responsáveis pelo ataque ao movimento de Emmanuel Macron. Eles foram acusados de atacar o Partido Democrata durante a campanha de Hillary Clinton à presidência dos EUA Foto: AFP PHOTO / Behrouz MEHRI

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De acordo com um relatório da Trend Micro, os hackers russos do grupo Pawn Storm podem ser os responsáveis. Eles foram acusados de atacar o Partido Democrata durante a campanha de Hillary Clinton à presidência dos EUA.

"Sempre há certa incerteza técnica com a atribuição dos fatos, apesar de termos reduzido ao máximo", disse Loïc Guézo, diretor da Trend Micro para o sul da Europa. "Analisamos a maneira de atuar com os dados compilados durante dois anos e isto nos permitiu determinar a fonte", explicou.

O grupo Pawn Storm é suspeito de ter vínculos com o serviço de segurança russo e, de acordo com analistas, trabalha a serviço de Moscou para tentar influenciar as eleições em países ocidentais.

Na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou qualquer envolvimento russo na campanha francesa. "Que grupos? De onde? Por que a Rússia? Tudo isso lembra as acusações vazias de Washington que desonram seus próprios autores", declarou ele.

De acordo com a Trend Micro, a tentativa de ataque ao site de Macron é parte de uma campanha mais ampla do grupo. Na lista de ataques já realizados por eles nos últimos dois anos, compilada pela empresa japonesa, também aparecem o Partido Democrata americano, a União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler alemã Angela Merkel e o governo turco de Recep Tayyip Erdogan. / AFP

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