Já o Irã dos tempos de Mahmoud Ahmadinejad parece ter assumido o posto dos palestinos. As atitudes do atual regime prejudicam apenas a eles próprios. A imagem internacional do país não para de se deteriorar. Uma hora são os alpinistas presos, em outro o presidente questiona o Holocausto e o 11 de Setembro, manda para cadeia um diretor de cinema, condena uma mulher à morte por apedrejamento e a lista prossegue até chegar à proibição dos livros do Paulo Coelho.
Não dá para entender. Mesmo porque os livros continuarão sendo encontrados facilmente no mercado negro de Teerã. E, além disso, o Irã dos tempos de Ahmadinejad se tornará ainda mais pária na comunidade internacional. Com um histórico destes, ninguém conseguirá defender o Irã nos fóruns internacionais, como as Nações Unidas. Até mesmo a bem mais conservadora Arábia Saudita é mais hábil na hora de fazer relações públicas. O regime iraniano deveria aprender urgentemente com os palestinos a receita para melhorar a imagem - basicamente, acabar com o radicalismo e deixar de tomar atitudes sem sentido.
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O jornalista Gustavo Chacra, mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia, é correspondente de "O Estado de S. Paulo" em Nova York. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Yemen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al Qaeda no Yemen e eleições em Tel Aviv, Beirute e Porto Príncipe. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo em 2009, empatado com o blogueiro Ariel Palacios