Há também uma fronteira internacional reconhecida. Claro, muitos mexicanos possuem o sonho de um dia reaver a Califórnia. Mas as instituições mexicanas aceitam as divisas. Sabemos da imigração ilegal, maspor questões econômicas. Não há o ideal de reconquista. Milhões de mexicanos e descendentes adquiriram cidadania americana. Outros milhares nunca saíram do que hoje são os EUA. Eles têm orgulho tanto do país que os abrigou como das suas origens. São mexicanos e também americanos.
Tel Aviv, como em San Diego, tem uma parte antiga. O nome é Jaffa. Era o maior porto palestino. A cidade americana também seu Old Town, que era mexicano. Os israelenses incorporaram a culinária palestina, como o hummus. Algumas cidades de Israel possuem nomes árabes. Centenas de milhares de palestinos são cidadãos israelenses. Eles seriam como os mexicanos em status legal na Califórnia.
Mas existem diferenças e a solução para o conflito ocorrerá apenas quando os dois lados estabelecerem as suas fronteiras, como os EUA e o México. Notem que os ilegais mexicanos nos EUA são legais no México. O palestino da Cisjordânia e de Gaza não tem cidadania. Estas pesssoas precisam ser alguma coisa. Palestina precisa ser país.
Quando ocorrer um acordo de paz, que fique claro, não será a perfeição. Por isso disso que San Diego e Tijuana explicam Israel e a Palestina. Será um país de primeiro mundo ao lado de outro em desenvolvimento. Certamente palestinos buscarão empregos em Israel. E os israelenses precisaram deles. A fronteira será super reforçada. Haverá problemas de segurança. Mas Israel terá suas fronteiras reconhecidas pelo mundo. E os palestinos terão sua nação.
Obs. Sigo de férias do jornal na Califórnia
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O jornalista Gustavo Chacra, mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia, é correspondente de "O Estado de S. Paulo" em Nova York. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Yemen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al Qaeda no Yemen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo em 2009, empatado com o blogueiro Ariel Palacios