Hillary nega que tenha criticado Luther King

Candidata é acusada de reduzir papel de líder em conquista por direitos civis

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Por AP e Efe Washington
Atualização:

A pré-candidata democrata, Hillary Clinton, defendeu-se ontem das críticas que recebeu após afirmar no dia 7 que a luta do ativista negro Martin Luther King pela igualdade racial concretizou-se apenas em 1964, quando o então presidente, Lyndon Johnson, aprovou a lei de direitos civis. "O sonho do doutor King só começou a realizar-se quando o presidente Johnson firmou a lei. Foi preciso um presidente para fazê-lo", tinha dito Hillary. A candidata disse ontem que seu comentário foi mal interpretado e distorcido por seu principal rival democrata, Barack Obama, que afirmou que "achar que isso (igualdade racial) é algo que nós (políticos) conseguimos é ridículo". "Esse é um assunto infeliz que a campanha de Obama transformou em polêmica", disse a senadora, acusando o rival de trazer a tensão racial para a campanha. Hillary disse ainda que King é uma das figuras a quem ela "mais admira no mundo". "Ele não fazia apenas discursos. Ele participou de protestos, foi espancado e preso", disse a senadora, ressaltando que o próprio King fez campanha para Johnson pois sabia da necessidade de eleger um presidente que transformasse os direitos civis em lei. A discussão ocorre duas semanas antes da primária do dia 26 na Carolina do Sul, Estado com grande números de eleitores negros - responsáveis por 50% dos votos na eleição de 2004.

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