JERUSALÉM - Israel retirou na madrugada desta quinta-feira, 27, todos os dispositivos de segurança das imediações da Esplanada das Mesquitas, que causaram episódios de violência nas últimas duas semanas. Os palestinos que estão nas proximidades celebraram a medida, informou rádio israelense Kan.
As cercas de metal e estruturas para câmeras foram desmontadas e os detectores de metal foram removidos. Eles faziam parte da lista de exigências feitas pelas autoridades muçulmanas que administram o local à polícia israelense, segundo o jornal The Times of Israel.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, se reunirá nesta quinta-feira com os membros do seu gabinete para falar sobre os últimos acontecimentos.
Os palestinos voltaram a rezar na Mesquita de Al-Aqsa, na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, segundo uma autoridade religiosa muçulmana. "As autoridades religiosas muçulmanas em Jerusalém fazem um apelo aos palestinos para que entrem em Al-Aqsa para fazer a oração da tarde", declarou um membro do Waqf, organismo encarregado dos bens muçulmanos em Jerusalém, em um entrevista coletiva.
"As orações vão acontecer, com a ajuda de Deus, dentro da mesquita de Al-Aqsa", disse Abbas em entrevista coletiva, após as autoridades muçulmanas anunciarem o fim de um boicote de quase duas semanas.
O governo jordaniano também celebrou a decisão israelense de retirar seus dispositivos de segurança. "O recuo das autoridades israelenses em relação às suas medidas (sobre a Esplanada das Mesquitas) é uma etapa essencial no sentido do apaziguamento da situação", declarou o ministro da Informação e porta-voz do governo, Mohamed Momani.
Em resposta ao ataque do dia 14, quando três israelenses saíram do complexo de Al-Aqsa armados e mataram dois policiais em uma das entradas para a Cidade Velha de Jerusalém, Israel instalou medidas de segurança nos acessos à Esplanada das Mesquitas.
A determinação foi considerada pelos muçulmanos uma violação do status quo do seu terceiro lugar mais sagrado e provocou protestos e confrontos em Jerusalém e na Cisjordânia, onde morreram quatro adolescentes palestinos. / EFE e AFP