Assine
Assine Estadão
Entrar
Notícia

Itália condena tunisiano por naufrágio que matou quase 700 imigrantes

Incidente ocorreu em abril de 2015, quando o barco pesqueiro afundou na costa da Líbia; advogado diz que vai recorrer

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

 CATÂNIA, ITÁLIA - Um tunisiano acusado de ser o capitão de um barco de imigrantes que naufragou e matou quase 700 pessoas foi considerado culpado de homicídios múltiplos e tráfico de pessoas nesta terça-feira e sentenciado a 18 anos de prisão.

Só 28 pessoas sobreviveram ao desastre ocorrido em abril de 2015, quando o pequeno barco pesqueiro afundou na costa da Líbia com centenas de pessoas presas no porão de carga.

Mohammed Ali Malek, de 28 anos, foi um dos resgatados e negou ser o capitão, dizendo ter pago pela passagem como todos os outros, mas um tribunal da cidade italiana de Catânia rejeitou sua defesa.

Mohammed Ali Malek nega ser capitão de pesqueiro que naufragou Foto: REUTERS/Antonio Parrinello

PUBLICIDADE

A corte também condenou o sírio Mahmud Bikhit, de 26 anos, a 5 anos de prisão por acusações de tráfico de pessoas. Sobreviventes disseram que Bikhit era um ajudante de Malek. Ele negou ter feito qualquer coisa errada.

Os dois também receberam multas de 9 milhões de euros. Seus advogados disseram que apelarão das sentenças. "Achamos que temos alguns argumentos fortes e tentaremos trabalhar em alguns dos pontos mais fracos de nossa defesa", disse Massimo Ferrante, que representa Malek.

A revolta com o incidente levou a União Europeia a intensificar sua missão de busca e resgate no Mar Mediterrâneo dias após o naufrágio.

Nos últimos três anos, cerca de meio milhão de barcos de imigrantes chegaram às praias da Itália, e quase 12 mil pessoas morreram no Mediterrâneo tentando chegar à Europa, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Publicidade

No início deste ano, uma embarcação deste tipo afundou na rota mediterrânea, matando cerca de 500 pessoas. Os sobreviventes foram levados à Grécia. Uma investigação da Reuters descobriu que nenhum organismo oficial, nacional ou multinacional, fez acusações pelas mortes, nem sequer abriu um inquérito. / REUTERS

A semana dos imigrantes acampados nas ruas de Paris

1 / 10A semana dos imigrantes acampados nas ruas de Paris

A semana dos imigrantes acampados nas ruas de Paris

Centenas de migrantes esperam para embarcar em ônibus durante o desmonte do acampamento em Paris. Foto: EFE/Yoan Valat

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.

Já sou Assinante

Últimas: Internacional

Putin visita Xi Jinping: entenda por que a China e a Rússia estão mais próximas do que nunca

15/05/2024 | 22h00 | Redação

Quem é Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia baleado em atentado

15/05/2024 | 20h13 | Redação

O que significa, na prática, a ‘Palestina livre’ dos discursos

15/05/2024 | 20h00 | Bret Stephens

Ucrânia enfrenta ‘quadro sombrio’, diz general: ‘Rússia lança sete bombas a cada três minutos’

15/05/2024 | 14h30 | Constant Méheut | Maria Varenikova | Michael Schwirtz
Mais em Internacional

Mais lidas

  1. Sinais precoces de Alzheimer podem começar pelos olhos, sugere estudo; veja o que isso significa

  2. O que é porfiria aguda, doença rara que causou a morte da primeira esposa do ator Vladimir Brichta?

  3. Lula planeja mudanças na equipe ministerial após saída de Prates e ida de Pimenta para o RS

  4. Lula quer enfrentar situações inéditas com velhas ideias tanto na tragédia do RS quanto na Petrobras

  5. Importados terão ‘maior taxa do mundo’, de 92%, com mudança na tributação, diz AliExpress