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Itália recupera tesouros arqueológicos avaliados em R$ 63 milhões

Cerca de 800 itens que foram escavados ilegalmente e estavam sendo comercializados voltaram ao país de origem e agora serão expostos em museu

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Por Redação

A Itália recuperou um carregamento de cerca de 800 tesouros arqueológicos com um valor estimado de £ 10,3 milhões (cerca de R$ 63,2 milhões) após duas décadas de uma batalha legal em torno dos artefatos, informou a polícia local. Os itens foram apreendidos do comerciante de antiguidades britânico Robin Symes.

Segundo o jornal britânico “The Daily Mail”, Robin Symes adquiriu os objetos, que são principalmente de origem italiana e grega, depois de terem sido escavados ilegalmente. Os itens foram roubados de locais sagrados, incluindo túmulos, onde os romanos iam rezar, e posteriormente comercializados, também de maneira irregular.

Tesouros incluem um sarcófago, bustos de mármore, mesa de bronze etrusca de três pernas, pedras preciosas, vasos de barro e muito mais. Foto: REUTERS/Remo Casilli

Ao total, são 821 artefatos recuperados, datados do século VIII aC ao período medieval. De acordo com a imprensa britânica, os tesouros incluem um sarcófago de chumbo decorado com imagens da Medusa, bustos de mármore, uma mesa de bronze etrusca de três pernas, pedras preciosas, vasos de barro de Pompéia, e muito mais.

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A carga foi encontrada escondida em armazéns em Londres, no Reino Unido, há quase duas décadas, na posse da empresa de Symes, Robin Symes Ltd. Desde então, uma batalha judicial foi travada para que os italianos recuperassem a propriedade do comerciante, adquirida ilegalmente. Com a falência do empresário, um acordo foi fechado com os liquidatários.

Agora, de volta à Itália, os itens históricos serão exibidos no museu Castel Sant’Angelo, em Roma. Setecentos e cinquenta artefatos já foram transferidos para Roma em 19 de maio. Outros 71 tesouros da mesma coleção serão transferidos para a Itália pelos Estados Unidos nos próximos dias, enquanto arqueólogos italianos e gregos estudarão fragmentos adicionais para que possam ser devolvidos a seus países de origem

Agora, de volta à Itália, os itens históricos serão exibidos no museu Castel Sant’Angelo, em Roma.  Foto: REUTERS/Remo Casilli

Symes, que vendia tesouros arqueológicos para alguns dos museus mais prestigiados do mundo, como o Museu Britânico, viu seus negócios declinarem após 2016, quando uma investigação mais aprofundada das autoridades italianas revelou que ele havia escondido 45 caixotes de objetos gregos, romanos e etruscos roubados no armazém de Genebra Freeport.

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