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Entre as possibilidades estão Etiópia, Guiné-Bissau, Mauritânia, República Democrática do Congo, Ruanda e Sudão - além dos vizinhos que já passaram por levantes populares, Tunísia e Egito.
Ontem, o chanceler italiano, Franco Frattini, afirmou que o regime de Kadafi cairá em pouco tempo. "Acredito que a Líbia será liberada rapidamente", disse em entrevista à emissora italiana La7. "Na resolução da ONU não se fala em queda violenta do regime, mas há uma condição implícita, não escrita, que eu leio como "Kadafi deve partir"", completou.
Para Frattini, a União Africana pode ser decisiva para uma proposta de exílio que possa ser aceita por Kadafi. Negociações foram iniciadas na sexta-feira, em Adis-Abeba, capital da Etiópia, entre representantes da União Africana e do governo líbio.
Ontem, em Londres, o grupo de chanceleres da coalizão internacional não excluiu a hipótese do exílio. "Eu creio que ele deveria enfrentar o TPI, mas para onde ele vai depende dele", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague. "Não controlamos o lugar para onde ele possa ir."
Apesar de a possibilidade de se obter o exílio de Kadafi em um "paraíso africano" estar sendo estudada, uma investigação já foi aberta no TPI contra o líder líbio. Segundo Luis Moreno-Ocampo, procurador do tribunal, um processo por crimes contra a humanidade já foi aberto contra Kadafi e os filhos dele em razão da repressão violenta ao movimento rebelde, em especial no mês de fevereiro. Por enquanto, segundo explicou Ocampo ao jornal espanhol El País, nenhum mandado de prisão internacional pesa contra o ditador líbio.