O chanceler japonês, Hirofumi Nakasone, assegurou nesta terça-feira que seu país não interromperá a busca por uma resolução da ONU que condene a Coreia do Norte por ter lançado o foguete.
"Se o Conselho de Segurança da ONU deixar de lado o assunto e não emitir uma resposta adequada, isso criará dúvidas sobre sua credibilidade", apontou Nakasone a agência Kyodo.
Sem entrar em um acordo sobre uma reação conjunta, o Conselho de Segurança da ONU volta a se reunir nesta terça-feira.
China e Rússia apelaram à proporcionalidade e à moderação na hora de adotar uma resposta na ONU sobre a ação norte-coreana. Já Japão, EUA, e Coreia do Sul consideram o lançamento mais um passo no desenvolvimento do programa de mísseis balísticos pelo regime comunista.
O lançamento do foguete de longo alcance pela Coreia do Norte foi condenado pela Câmara do Japão em sessão nesta terça-feira. A plenária ainda solicita a imposição de mais sanções pelo governo.
Segundo a moção parlamentar aprovada e que será votada nesta quarta-feira no Senado, o lançamento norte-coreano é uma violação das resoluções 1695 e 1718 das Nações Unidas de 2006, que impedem que o regime comunista dispare mísseis balísticos.
O Parlamento japonês já aprovou uma resolução similar em 2006, pouco depois do teste nuclear da Coreia do Norte, que acabou dando lugar à resolução 1718.
Em outubro de 2006, após o teste nuclear feito pelo regime comunista, o Japão impôs sanções econômicas contra a Coreia do Norte. A agência de notícias local Kyodo informou que o Executivo japonês estuda a possibilidade de ampliar as sanções com um embargo a todas suas exportações e restringir os bens levados por pessoas que queiram viajar para Coreia do Norte.