Joe Biden tem vantagem de 53% a 41% contra Trump, diz pesquisa

Levantamento Washington Post e da ABC News mantém candidato democrata à frente para a disputa de novembro

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Por Dan Balz , Scott Clement e Emily Guskin
Atualização:

WASHINGTON - No momento em que os dois principais partidos políticos americanos se preparam para iniciar suas convenções nacionais, a corrida pela Casa Branca inclina-se para os democratas, com o ex-vice-presidente Joe Biden mantendo uma vantagem de dois dígitos nacionalmente sobre o presidente Donald Trump em meio à contínua desaprovação do tratamento do presidente à pandemia, de acordo com uma pesquisa do Washington Post e da ABC News divulgada nesta segunda-feira, 17. 

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Os democratas iniciam sua convenção na segunda em um clima de otimismo cauteloso, com Biden e sua companheira de chapa, a senadora Kamala Harris, da Califórnia, liderando por 53% a 41% entre os eleitores registrados. Os números também são idênticos em uma amostra com os adultos em idade eleitoral. 

A atual margem de Biden sobre Trump é ligeiramente menor que a de 15 pontos observada em uma pesquisa do mês passado e um pouco maior do que uma de maio, quando ele liderava por 10 pontos. No final de março, enquanto a pandemia se alastrava nos Estados Unidos, Biden e Trump estavam separados por apenas dois pontos.

Os pré-candidatos democratas, Joe Biden e Kamala Harris, participam de primeira coletiva de imprensa juntos em Wilmington, Delaware Foto: Olivier Douliery/AFP

Biden e Harris lideram por 54% a 43% entre aqueles que dizem que estão absolutamente certos de que irão votar e que relataram ter votado em 2016. Os partidários do presidente Trump estão mais ansiosos do que os apoiadores de Biden - quase 9 em cada 10 apoiadores de Trump se declaram entusiasmados e 65% dizem que estão "muito entusiasmados". Um pouco mais de 8 em cada 10 apoiadores de Biden dizem que estão entusiasmados em votar nele, com 48% dizendo que estão "muito entusiasmados". 

As motivações dos apoiadores de Trump e Biden continuam totalmente diferentes, com o presidente motivando os dois grupos. Quase 3 em cada 4 dos que apóiam Trump dizem que estão votando no presidente ao invés de se opor a Biden. Entre os que apóiam Biden, quase 6 em cada 10 dizem que estão votando principalmente para se opor a Trump, e não com o intuito de apoiar o candidato democrata. 

A pesquisa também revela que quase 8 em cada 10 negros americanos aprovam a escolha de Harris como companheira de chapa, incluindo 50% que aprovaram fortemente. Quase dois terços dos adultos hispânicos gostaram da escolha, em comparação com pouco menos da metade dos adultos brancos. Mas 71% dos adultos em geral dizem que a escolha de Harris não fará diferença na forma como eles votam, incluindo a maioria dos democratas, republicanos e independentes.

Biden tem o apoio da maioria dos eleitores que estão mais preocupados com o surto do coronavírus, bem como aqueles que dizem que o surto teve um grave impacto econômico em sua comunidade ou em suas próprias finanças. Entre os eleitores que estão muito ou um pouco preocupados com a possibilidade de um membro da família ser infectado, 65% apóiam Biden, enquanto 29% apóiam Trump.

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Biden também pontuou positivamente em duas outras grandes questões, relações raciais e saúde. Por uma margem de 26 pontos (46 a 20%), os americanos dizem que as relações raciais seriam melhores sob a presidência de Biden. Em saúde, a margem é positiva para ele em 13 pontos - 39% a 26%. 

Sobre a economia, que era o ativo mais forte de Trump antes que a pandemia a interrompesse e levasse dezenas de milhões ao desemprego, os americanos estão divididos de três maneiras quando questionados se as coisas seriam melhores ou piores se Biden fosse presidente. 32% dizem que a economia seria melhor sob Biden, 35% dizem que pior e 30% dizem que seria o mesmo.

Biden e Trump usarão as próximas duas semanas para se apresentar ao povo americano por meio de convenções que serão realizadas em circunstâncias únicas, sem as tradicionais arenas lotadas, lançamentos de balões e outras festividades. Mas as convenções ainda darão a Biden e Trump a oportunidade de fazer um apelo aos eleitores na esperança de energizar os apoiadores e persuadir eleitores. 

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