CARACAS - O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela aprovou na quinta-feira, 27, um mandado de segurança contra um inquérito parlamentar que descobriu que o ex-presidente da petroleira estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA) Rafael Ramírez foi responsável por corrupção e improbidade que custaram US$ 11 bilhões à companhia.
Uma comissão parlamentar informou neste mês que fundos desapareceram durante o período de Ramírez no comando da empresa, de 2004 a 2014, citando 11 casos de suposta corrupção incluindo superfaturamento de plataformas de perfuração e um escândalo de lavagem de dinheiro através de um banco de Andorra.
Ramírez, que nega as acusações, pediu um mandado de segurança no TSJ para bloquear a investigação. Líderes da oposição na Assembleia Nacional disseram que podem usar a investigação para mantê-lo politicamente responsável ou tomarem ações legais contra ele. O relatório também acusa de corrupção outros executivos de alto escalão, incluindo o atual presidente da companhia, Eulogio Del Pino.
Um resumo da decisão publicado no site da corte informou que o pedido de liminar foi concedido. Ramírez ainda não se manifestou sobre a decisão.
A PDVSA tem sido centro de diversos escândalos de corrupção nos últimos anos. O caso mais recente envolve um grupo de empresários sediados em Houston que se declararam culpados nos Estados Unidos por administrar um esquema de propinas de US$ 1 bilhão para obter contratos. / REUTERS