Kim Jong-un tem currículo de execuções e fome na Coreia do Norte
Segundo ONU, várias pessoas foram mortas desde que ele chegou ao poder e há milhares de presos políticos em condições terríveis
Por Redação
Atualização:
WASHINGTON - Após a cúpula do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Cingapura, grupos de direitos humanos vivem a expectativa de que Trump traga à tona os crimes contra a humanidade cometidos pela Coreia do Norte. Kim governa com extrema brutalidade, o que coloca seu país entre os maiores violadores dos direitos humanos do mundo.
A lista de crimes compreende “extermínio, assassinato, escravização, tortura, prisões, estupro, aborto forçado e outras violências sexuais, perseguição política, religiosa, racial e de gênero, remoção forçada da população, desaparecimento criminoso de pessoas e ações desumanas que causam fome prolongada”, concluiu um relatório da ONU de 2014.
Entre as atrocidades de Kim estão milhares de pessoas que cometeram crimes políticos que estão presas e enviadas, sem julgamento, a campos de prisioneiros. Em 2014, havia cerca de 120 mil prisioneiros vivendo em condições terríveis nas quatro maiores prisões políticas do país, segundo relatório da ONU.
O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un em Cingapura
1 / 31O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un em Cingapura
Coreia do Norte
Donald Trump se reúne com Kim Jong-un em Cingapura. Foto: AFP Photo/Saul Loeb
O encontro entre Kim e Trump
No começo do encontro, líderes apareceram em varanda do Capella Hotel para fotos. Foto: AP Photo/Evan Vucci
O encontro entre Kim e Trump
O início do encontro entre Trump e Kim em Cingapura. Eles devem falar sobre o resultado da reunião em coletiva de imprensa prevista para as 5h desta t... Foto: AP Photo/Evan VucciMais
O encontro entre Trump e Kim
Em estação de trem em Seul, na Coreia do Sul, moradores comemoram o aperto de mãos entre os líderes dos EUA e Coreia do Norte. Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
O encontro entre Kim e Trump
O clima entre os líderes foi amistoso, com sorrisos e apertos de mãos, no começo do encontro no Capella Hotel. Foto: Saul Loeb/AFP
O encontro entre Trump e Kim
Coreanos que vivem em Cingapura assistem ao encontro transmitido pela TV local. Foto: REUTERS/Tyrone Siu
O encontro entre Trump e Kim
Depois de aperto de mãos, Kim e Trump posaram brevemente para fotos antes de reunião a portas fechadas no Capella Hotel, em Cingapura. Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
O encontro entre Kim e Trump
Sul-coreano mostra cartaz de apoio ao encontro entre Kim e Trump próximo ao Capella Hotel, em Cingapura. Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
O encontro entre Kim e Trump
Imprensa foi autorizada a registrar imagens dos primeiros minutos da reunião entre Kim e Trump. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
O encontro entre Kim e Trump
Repórteres, fotógrafose cinegrafistas se aglomeram do lado de fora do Capella Hotel, isolados por forte esquema de segurança. Foto: Bloomberg photo by SeongJoon Cho
O encontro entre Kim e Trump
Antes de reunião, líderes da Coreia do Norte e dos EUA posaram para imagens no Capella Hotel, na ilha-resort de Sentosa, em Cingapura. Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
O encontro entre Kim e Trump
Público sul-coreano para em estação de trens de Seul para assistir à transmissão do encontro entre Kim Jong-un e Donald Trump. Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
Trump e Kim se reúnem em hotel em Cingapura.
Após aperto de mãos oficial, Kim Jong-un e Donald Trump se encaminharam para encontro a portas fechadas. Foto: Saul Loeb/AFP
O encontro entre Trump e Kim
Jornalistas norte-coreanos filmam a escolta do líder Kim Jong-un no trajeto entre o hotel onde está hospedado até o local do evento onde deve encontra... Foto: AP Photo/Yong Teck LimMais
Coreia do Norte
Sul-coreanos acompanham encontro entre Trump e Kim Jong-un em TV de estação de trem em Seul Foto: AFP PHOTO / Jung Yeon-je
O encontro entre Trump e Kim
Jornalistas de todo o mundo na cobertura do encontro histórico entre os líderes dos EUA e da Coreia do Norte na ilha-resort de Sentosa, em Cingapura. Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
O encontro entre Trump e Kim
Kim e Trump se encaminham para reunião a portas fechadas no Capella Hotel. Foto: Saul Loeb/AFP
Coreia do Norte
Kim Jong-un e Donald Trump trocam aperto de mãos histórico antes de cúpula em Cingapura Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
O encontro entre Trump e Kim Jong-un
Em Washington, nos EUA, ativistas fazem vigília em frente à Casa Branca para celebrar o encontro entre Trump e Kim Jong-un em Cingapura. Foto: REUTERS/Toya Sarno Jordan
O encontro de Trump e Kim Jong-un
O palco onde são aguardados os líderes dos EUA e da Coreia do Norte no Capella Hotel, na Ilha de Sentosa, em Cingapura. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
O encontro entre Trump e Kim
Policiais em comboio para escolta de Kim Jong-un até o Capella Hotel, na ilha-resort de Sentosa, em Cingapura. Foto: AP Photo/Yong Teck Lim
O encontro entre Trump e Kim
O líder norte-coreano Kim Jong-un, acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores de Cingapura, Vivian Balakrishnan, na chegada à ilha-resort de Se... Foto: KCNA via REUTERSMais
O encontro entre Trump e Kim
O presidente Donald Trump encontra o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, na sede do governo do país. Foto: Doug Mills/The New York Times
Fazendo história
Kim Jong-un e Donald Trump trocam aperto de mãos histórico antes de cúpula em Cingapura. Foto: Jonathan Ernst/Reuters
O encontro entre Trump e Kim
O comboio policial que acompanhou o carro onde o presidente norte-americano, Donald Trump, foi levado até o local do encontro com Kim Jong-un na ilha-... Foto: AP Photo/Wong Maye-EMais
O encontro entre Trump e Kim
Após almoçarem juntos,os líderes passearam pelohotel Capellae depois se separaram para se reunir com suas respectivas delegações e avaliar os progress... Foto: REUTERS/Jonathan ErnstMais
O encontro entre Trump e Kim
Por volta das 2:30h, no horário de Brasília, os líderes se reuniram para assinar umacordo que, segundo eles, representauma “cooperação entre os dois p... Foto: REUTERS/Jonathan ErnstMais
O encontro entre Trump e Kim
Um funcionário norte-coreano limpa e guarda a caneta usada por Kim para assinar o acordo. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
O encontro entre Trump e Kim
Durante a assinatura do acordo, os líderes deram declarações à imprensa. Trump disse que "os dois lados ficarão impressionados com o resultado da cúpu... Foto: REUTERS/Jonathan ErnstMais
O encontro entre Trump e Kim
Após a assinatura do acordo, os líderes deixaram a sala. O presidente norte-americano chegou a afirmar que "com certeza" irá convidar Kim para visitar... Foto: REUTERS/Jonathan ErnstMais
O encontro entre Trump e Kim
Após mais de quatro horas com o presidente norte-americano, Kim Jong-un deixa o hotel Capella em seu carro oficial. O presidente Trump ainda aguarda n... Foto: REUTERS/Athit PerawongmethaMais
Os presos passam fome, são submetidos a trabalhos forçados, torturados e violentados. O direito à procriação é negado por meio do aborto forçado e do infanticídio. Centenas de milhares de presos políticos morreram em prisões nos últimos 50 anos, ainda segundo o documento. A Coreia do Norte também mantém prisões para condenados por crimes comuns, nas quais também há trabalho forçado, fome, tortura e sofrimento.
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Desde que chegou ao poder, em 2011, Kim consolidou seu poder por meio de execuções. Nos primeiros seis anos, ele ordenou a morte de pelo menos 340 pessoas, segundo o Instituto Nacional de Segurança e Estratégia, ligado ao Serviço Nacional de Informações dos EUA.
Em 2016, o vice-primeiro-ministro, Kim Yong-jin, enfrentou o pelotão de fuzilamento “por sua posição desrespeitosa” durante uma reunião. Um tio do ditador, Jang Song-thaek, foi condenado por traição e executado com metralhadoras antiaéreas. Em seguida, seu corpo foi incinerado com lança-chamas. + Kim aceita convite de Trump para visitar EUA
Uma das mais citadas violações de direitos humanos é a doutrinação política. Segundo a ONU, a Coreia do Norte “opera uma abrangente máquina de doutrinação que funciona a partir da infância, destinada a propagar oficialmente o culto à personalidade de Kim, induzir à obediência absoluta” ao líder supremo e “incentivar o ódio a Japão e EUA.
Além disso, os cristãos são proibidos de praticar sua religião e os que desobedecem “estão sujeitos a severas punições”. De 2 milhões a 3 milhões de pessoas morreram na prolongada fome da Coreia do Norte, nos anos 90. Naquela década, a o governo usou os alimentos como ferramenta para forçar a lealdade política, priorizando sua distribuição pelo critério de maior utilidade ao sistema político, segundo o estudo das Nações Unidas. Atualmente há grande desnutrição no país. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ, NYT