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Líder da Coreia do Norte ordena novos testes nucleares

Kim Jong-Un ressaltou a importância de se efetuar ‘mais provas nucleares para avaliar a potência destrutiva das ogivas’ que foram fabricadas recentemente por Pyongyang

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Por Redação
Atualização:

SEUL - O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, ordenou a realização de novas provas nucleares para testar ogivas reduzidas desenvolvidas por cientistas do país para serem instaladas em mísseis balísticos, informou nesta sexta-feira, 11, a agência de notícias oficial KCNA.

Ao assistir o disparo de um míssil na quinta-feira, Kim Jong-Un destacou a importância de se efetuar "mais provas nucleares para avaliar a potência destrutiva das ogivas nucleares (de tamanho reduzido) fabricadas recentemente" pela Coreia do Norte, segundo a KCNA.

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A decisão aumenta a tensão na península coreana em razão das sanções internacionais sobre Pyongyang e das manobras militares de Seul e Washington.

Kim teria dado “instruções para dirigir mais testes de explosões nucleares e estimar assim o poder destrutivo de ogivas nucleares de nova produção, além de outros testes para aumentar a capacidade de realizar ataques nucleares".

O jovem ditador enviou uma mensagem de advertência à Coreia do Sul ao afirmar que "se for destruída uma só árvore em nosso inviolável território, será emitida a ordem de lançamento de ataque com todos os meios militares, incluindo armas nucleares".

O governo da Coreia do Sul reagiu à nova ameaça do Norte e assegurou que "está preparado para responder imediatamente a qualquer provocação", indicou um porta-voz do Ministério da Unificação.

Na quinta-feira, Pyongyang lançou ao mar dois mísseis potentes de curto alcance, em um momento de pressão para o regime em razão da adoção de novas e mais duras sanções internacionais contra os norte-coreanos e das manobras militares realizadas por Coreia do Sul e EUA.

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Seul acredita que foram mísseis tipo Scud, o que representaria a primeira vez em 2016 que o Exército Popular norte-coreano lança este tipo de projétil desenvolvido na então União Soviética há seis décadas.

Pyongyang intensificou sua retórica belicista e suas exibições de poderio militar desde a adoção de novas sanções internacionais contra o país, em razão de seu quarto teste nuclear realizado no dia 6 de janeiro e do lançamento de um foguete espacial, em 7 de fevereiro, considerado um teste de mísseis encoberto.

Kim reiterou nesta sexta-feira "a necessidade de melhorar constantemente a capacidade de ataque nuclear impulsionando a cooperação entre as áreas de pesquisa de armas nucleares e de foguetes", segundo o comunicado de KCNA.

Além disso, Coreia do Sul e EUA, contrários a tolerar os avanços armamentistas do regime de Kim Jong-Un, realizam atualmente as maiores manobras conjuntas de sua história em solo sul-coreano, nas quais participam mais de 17 mil tropas americanas e 300 mil do país asiático. /AFP e EFE

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