Vários cidadãos turcos se concentraram nesta quarta-feira na cidade de Marmaris para mostrar rejeição aos atentados dos dias 27 e 28 de agosto, que deixaram três mortos e dezenas de feridos em Istambul e em outras duas localidades turísticas. Segundo a agência de notícias Anatólia, que não precisa o número de participantes, o protesto aconteceu na localidade de Marmaris, no litoral do mar Egeu, onde uma bomba colocada em um microônibus feriu 11 turcos e 10 britânicos no domingo. Na segunda-feira, outro atentado matou três cidadãos e deixou dezenas de feridos, entre eles vários turistas, na localidade mediterrânea de Antalya. Um grupo radical denominado Falcões de Libertação do Curdistão assumiu a autoria destes dois atentados, assim como de outro cometido em Istambul, também no domingo, no qual seis pessoas ficaram feridas. O grupo ameaçou transformar "a Turquia em um inferno", e advertiu aos turistas que não visitem o país. Durante a manifestação, os participantes gritaram palavras de ordem contra deste grupo radical, que seria próximo ao ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, em turco). No entanto, o dirigente do PKK Murat Karayilan disse na semana passada em entrevista ao jornal turco Milliyet que não existia nenhuma ligação entre Os Falcões da Libertação do Curdistão e o PKK. A indústria turística turca representa cerca de US$ 18 bilhões anuais, o que representa um importante motor da economia nacional que se poderia ser afetado pela série de atentados contra alvos turísticos, que há quase dois anos se repetiram várias vezes.