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Marine Le Pen reconhece derrota e deseja 'êxito' a Macron

Candidata de extrema direita teve uma conversa 'breve e cordial' com o adversário pouco depois da divulgação das pesquisas de boca de urna; ela disse que se dedicará a fortalecer seu partido, a Frente Nacional, para as eleições legislativas de junho

Atualização:

PARIS - A candidata da extrema direita francesa, Marine Le Pen, reconheceu na tarde deste domingo, 7, a derrota para o centrista Emmanuel Macron no segundo turno da eleição presidencial e desejou que o novo presidente do país tenha "êxito" frente ao que qualificou como "os enormes desafios da França".

Os dois tiveram uma conversa "breve e cordial" poucos minutos depois de serem divulgadas as primeiras pesquisas de boca de urna da votação deste domingo, informaram as equipes dos dois candidatos. Le Pen, que concorreu ao Palácio do Eliseu pela Frente Nacional, deve ficar com 35% dos votos enquanto que Macron deve ter 65%, segundo as pesquisas de boca de urna.

Marine Le Pen discursa para apoiadores minutos depois de reconhece ra derrota para o centrista Emmanuel Macron Foto: AFP PHOTO / joel SAGET

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A candidata nacionalista disse também que se dedicará a partir de agora a fortalecer sua legenda para as eleições legislativas, em junho, e sugeriu que pode até mesmo mudar o nome da Frente Nacional, que estaria associado a acusações de racismo e antissemitismo em razão dos anos sob direção de seu pai, Jean-Marie Le Pen. 

Apesar da derrota, ela exaltou o resultado "histórico e maciço" conquistado por seu partido e agradeceu o apoio dos "11 milhões de eleitores patriotas" que a escolheram. O melhor resultado na história do partido fez Le Pen dizer que seu partido se converteu "na primeira força de oposição" na França.

Em sua avaliação, a ultradireitista afirmou que as eleições presidenciais "mostraram uma decomposição da vida política francesa, marcada pelo desaparecimento dos partidos tradicionais", em alusão ao Partido Socialista e ao Republicanos, que dominaram o cenário político do país nas últimas décadas. / EFE, AFP e AP

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