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Morre uma das três sobreviventes de acidente aéreo em Cuba

Segundo as autoridades, a mulher de 23 anos não resistiu, pois seu estado era extremamente crítico; Havana suspende operações de companhia mexicana

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Por Redação

HAVANA - Uma das três sobreviventes do acidente aéreo de sexta-feira em Havana morreu ontem em um hospital de Havana em razão da gravidade de seus ferimentos, informou o Ministério da Saúde, elevando para 111 o número de mortos na queda do Boeing 737 da Cubana de Aviación.

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A mulher de 23 anos, identificada como Gretell Landrove, "encontrava-se em estado crítico extremo que não foi possível reverter", apesar dos esforços dos médicos, disse o ministério em um comunicado lida na TV estatal. Pouco antes, o diretor do hospital em que ela estava internada disse que o o estado havia piorado em razão de um "traumatismo cranial severo" e um "dano neurológico severo". 

As outras duas sobreviventes permaneciam em estado grave. Emiley Sánchez, de 39 anos, possui queimaduras em 41% de seu corpo (34% delas profundas) O hospital não revelou quais são os ferimentos da outra jovem, ) identificada como Mailén Díaz, de 19 anos.

Avião da companhia Cubana de Aviacion que caiuquando decolava do Aeroporto José Martí, em Havana Foto: AFP PHOTO / Adalberto ROQUE

As operações da companhia aérea mexicana Damojh (Global Air), proprietária do Boeing 737 alugado pela Cubana de Aviación, foram suspensas por autoridades aeronáuticas do México para uma revisão das medidas de seguranças das aeronaves. A Cubana de Aviación recentemente retirou de serviço vários de seus aviões velhos que apresentavam problemas mecânicos. 

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"A empresa está sendo notificada sobre a suspensão temporária das atividades enquanto se realiza uma verificação" extraordinária de segurança, informou em um comunicado a Direção-Geral de Aeronáutica Civil do governo mexicano.

A Global Air é uma pequena companhia fundada em 1990 que aluga aeronaves a outras empresas aéreas e realiza voos charter.

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Na sexta-feira, após o acidente, a secretaria de Comunicações e Transportes informou que conta com uma frota de três aeronaves, sem detalhar se o avião acidentado em Cuba estava incluído.

Em novembro, as aeronaves dessa empresa passaram satisfatoriamente pelos protocolos de segurança, mas um dia após o acidente, a Aeronáutica Civil anunciou uma nova revisão.

O Boeing 737-201, que tinha sido construído em 1979, havia decolado do aeroporto de Havana e caiu entre as localidades de Boyeros e Santiago de las Vegas” (dentro da cidade) quando seguia para Holguín, uma cidade de 350 mil habitantes na parte leste da ilha.

No domingo, as autoridades de Cuba haviam identificado os restos de 15 das vítimas fatais do acidente, entre elas 5 crianças. Segundo as autoridades,a identificação de todas as vítimas pode levar dias.

Uma equipe de investigadores locais e estrangeiros se concentrava nas possíveis causas do desastre e nas condições operacionais da empresa mexicana proprietária do avião, que caiu logo após a decolagem. / AFP e EFE

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