MONTEVIDÉU - Os Estados Unidos garantiram que os seis ex-prisioneiros de Guantánamo não se envolveram com terrorismo antes serem abrigados como refugiados no Uruguai, afirmou o presidente uruguaio José Mujica. Os quatro sírios, um palestino e um tunisiano que chegaram ao país sul americano em 8 de dezembro são os primeiros prisioneiros da base americana em Cuba enviados para a América do Sul. Mujica concordou em aceitar os homens como um gesto humanitário e disse que os ajudaria a se estabelecerem na nação de 3,3 milhões de pessoas que tem uma população muçulmana de cerca de 300. "Nós consideramos que esta é uma causa justa e que temos de ajudá-los", afirmou o líder uruguaio.
Mujica mostrou um documento do Departamento de Estado americano de 2 de dezembro dizendo que não há nenhuma informação que "os homens estiveram envolvidos na realização ou facilitaram atividades terroristas contra o Estados Unidos ou seus aliados". Os membros da oposição no Uruguai haviam solicitado a liberação dos documentos como prova de que os homens não são perigosos. Depois de serem submetidos a exames médicos e serem liberado de um hospital militar, os homens se hospedaram em uma casa em Montevidéu. Eles estão tendo aulas de espanhol como parte da introdução gradual às suas novas vidas. O ex-detento com os problemas físicos mais graves é Abu Wael Dihab, que realizou uma greve de fome prolongada antes de ser solto. Ele está usando muletas e tem sido menos social do que os outros. Os seis homens foram presos como suspeitos de serem militantes com ligações com a Al-Qaeda, em 2002, mas nunca foram condenados. Eles haviam liberados das acusações em 2009, mas não podiam voltar para suas casas. / AP