PUBLICIDADE

Na Índia, ministro processa mulher que o acusou de assédio sexual por difamação

A ação civil surge em meio a clamores generalizados pela renúncia de Akbar do cargo de ministro de Estado para Relações Exteriores da Índia nas redes sociais

Atualização:

MUMBAI/NOVA DÉLHI - O ministro de governo indiano M.J. Akbar iniciou um processo de difamação contra uma de ao menos 10 mulheres que o acusaram de assédio sexual, dizendo que as alegações da acusadora são falsas e mal-intencionadas.

Manifestantes da ala jovem do partido opositor Congresso brandiram cartazes e entoaram slogans perto da casa do ministro M.J. Akbar Foto: EFE

PUBLICIDADE

A ação civil, uma cópia da qual foi vista pela agência Reuters, identifica a jornalista Priya Ramani como a única acusada e diz que ela “apresentou alegações mal-intencionadas, fabricadas e indecentes intencionalmente” para prejudicar sua reputação. 

Em um tuíte publicado nesta segunda-feira (pelo horário local), Priya disse estar pronta para enfrentar a alegação de difamação, “já que a verdade, e a absoluta verdade, é minha única defesa”.

A ação civil surge em meio a clamores generalizados pela renúncia de Akbar do cargo de ministro de Estado para Relações Exteriores da Índia nas redes sociais.

Akbar, editor veterano de 67 anos que fundou muitas publicações, foi acusado por jornalistas mulheres de uma série de comportamentos inadequados. Muitas pediram que ele seja demitido e ameaçaram boicotar eventos de que ele participe até que ele renuncie.

Mais de 200 manifestantes da ala jovem do partido opositor Congresso brandiram cartazes e entoaram slogans perto da casa de Akbar, em Nova Déli, nesta segunda-feira. Alguns saltaram barricadas e confrontaram policiais, e dezenas foram detidos, disse uma testemunha.

Até o momento, Akbar é uma das figuras mais notórias a enfrentar acusações no nascente movimento #MeToo indiano.

Publicidade

Vários homens poderosos da mídia, do entretenimento e das artes já foram implicados em alegações de assédio e agressão sexual, que levaram a uma série de demissões. / REUTERS 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.