Na Líbia, Fidel condena a "barbárie" dos EUA

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente cubano Fidel Castro condenou hoje a "barbárie" dos Estados Unidos e os "complôs da CIA" contra os líderes revolucionários do mundo ao iniciar em Trípoli uma visita oficial à Líbia. Os EUA "utilizam em suas agressões todo tipo de armas, até as biológicas, e todos os meios, incluindo os atentados diretos", disse Fidel em entrevista no aeroporto de Trípoli, a capital líbia. Suas declarações foram transmitidas diretamente pela televisão local e captadas em Túnis. Fidel disse que para fazer os atentados o governo de Washington adota "três procedimentos diversos: a execução em si o finacimento de terceiros executores, ou a que pressão produz atentados". Mas os fatos mostram - acrescentou - que se trata de uma política "falida". Terminada a cerimônia de recepção oficial, o presidente cubano, acompanhado do líder líbio, Muammar Kadafi, dirigiu-se em um carro preto ao local da antiga residência do coronel líbio destruída pelo ataque norte-americano de 1986 a Trípoli e Benghazi, que deixou 37 mortos, entre os quais uma filha adotiva de Kadafi. Fidel, cuja visita a Trípoli faz parte de uma viagem afro-asiática que já o levou à Argélia, Irã, Malásia, Qatar e Síria, está em busca - segundo observadores ocidentais - de investimentos e fontes de energia. Ao mesmo tempo, ele tenta reativar o Movimento dos Não-Alinhados como resposta à globalização e ao avanço do liberalismo econômico e comercial. Ao falar das tensões em curso no continente africano, Fidel disse que "a África, libertada do colonialismo, viveu em paz justamente nos anos 70, quando o Movimento dos Não- Alinhados era forte e realizava seus congressos".

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