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Nos 75 anos da bomba de Hiroshima, Irã diz que armas nucleares de EUA e Israel são ameaça

Ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, relembrou acontecimento da 2ª Guerra, o qual chamou de infâmia

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Por Redação
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TEERÃ - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, classificou como uma "ameaça ao Oriente Médio" as armas nucleares dos Estados Unidos e de Israel. A declaração foi feita nesta quinta-feira, 6, data que o bombardeio americano à cidade de Hiroshima, no Japão, completa 75 anos.

"Hoje, as armas nucleares dos Estados Unidos e Israel ameaçam nossa região", escreveu Zarif em sua conta no Twitter. E completou: "Há 75 anos, os Estados Unidos aceitaram a infâmia de se tornar o primeiro e ÚNICO usuário de armas nucleares. E contra inocentes".

Bomba que atingiu Hiroshima em 6 de agosto de 1945 Foto: REUTERS/U.S. Army/Hiroshima Peace Memorial Museum

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O Japão recorda nesta quinta o primeiro ataque nuclear da história, que ocorreu em 6 de agosto de 1945 em Hiroshima, onde a bomba "Little Boy" matou cerca de 140 mil pessoas em um dos últimos eventos da 2ª Guerra.

A declaração de Zarif também ocorre em meio a tensões entre o Irã e os Estados Unidos, que cresceram desde a retirada unilateral do governo Trump em 2018 do acordo nuclear, seguido pelo restabelecimento de pesadas sanções americanas.

"Está na hora de pôr um fim ao pesadelo nuclear e à doutrina da 'Destruição Mutuamente Assegurada', herdada da Guerra Fria", disse Zarif.

Os Estados Unidos e Israel acusam a República Islâmica de tentar adquirir armas atômicas como parte de seu programa nuclear, o que o Irã sempre negou.

Teerã e Washington não mantêm relações diplomáticas desde 1980. Israel é considerado a única potência militar no Oriente Médio a possuir armas nucleares, mas nunca confirmou isso./ AFP

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