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Oposição venezuelana adia protesto a favor do referendo revogatório contra Maduro

Motivo do adiamento seria para que data da manifestação coincidisse com pronunciamento do Conselho Nacional Eleitoral sobre o caso

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Por Redação

CARACAS - A oposição venezuelana adiou para sexta-feira o protesto para exigir o referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro, para que coincida com um pronunciamento-chave do Poder Eleitoral sobre a consulta.

"Diante do adiamento do pronunciamento do Conselho Nacional Eleitoral (...) para sexta-feira, decidimos transferir nossa jornada nacional de protesto também para este dia", declarou o secretário executivo da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesús Torrealba, em entrevista coletiva.

Com placas que formam a palavra "revogatório", venezuelanos pedem realização do processo que pode abreviar mandato do presidente Nicolás Maduro Foto: REUTERS/Marco Bello

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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não anunciou formalmente a mudança da data, mas o dirigente da MUD assinalou que o grupo opositor já foi notificado.

O CNE pretendia anunciar nesta terça-feira, 13, quais seriam os dias e as condições para o recolhimento das firmas, equivalente a 20% do eleitorado, algo em torno de quatro milhões de pessoas.

"Que saibam os reitores do CNE que quando revelarem esta informação, o povo estará nas ruas para dar a resposta adequada", advertiu Torrealba.

"Se o anúncio respeitar a lei, celebraremos o comunicado como uma vitória democrática e iniciaremos no mesmo dia a campanha por 20%" das firmas, declarou Torrealba. "Mas se não for assim, se violarem o que estabelece a Constituição e tentarem interromper o direito dos venezuelanos, vão encontrar um povo em luta, em protesto pacífico".

A MUD acusa o CNE de adiar o processo para que o governo ganhe tempo. Se o referendo acontecer até 10 de janeiro de 2017 e Maduro perder, novas eleições presidenciais serão convocadas. Caso a votação aconteça depois desta data, mesmo que o mandato seja revogado, ele será substituído por seu vice-presidente. / AFP

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