Palestino não resiste aos ferimentos e eleva o número de mortos no protesto em Gaza para 17

Faris Al-Raqib, de 29 anos, foi ferido no estômago durante a manifestação que reuniu milhares de pessoas

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Por Redação
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GAZA - Um palestino que foi baleado duas vezes na sexta-feira durante um protesto na Faixa de Gaza não resistiu aos ferimentos e o balanço da operação contra manifestantes por parte do exército israelense subiu para 17 mortos, anunciou o Ministério da Saúde do território palestino.

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O Exército israelense afirma que os manifestantes lançaram objetos incendiários contra as tropas e ultrapassaram o limite de 300 metros estabelecido na fronteira Foto: AFP PHOTO / SAID KHATIB

Faris Al-Raqib, de 29 anos, foi ferido no estômago durante o protesto que reuniu milhares de palestinos. As mortes de sexta-feira representaram o dia mais violento desde a guerra iniciada por Israel na Faixa de Gaza em 2014.

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No domingo, o ministro da Defesa de Israel rejeitou os pedidos de uma investigação independente solicitada por ONU e União Europeia (UE) sobre a violência registrada durante o protesto, no qual cerca de 1,4 mil ficaram feridos.

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"Fizeram o que tinham de fazer. Acredito que nossas tropas merecem reconhecimento. E não haverá investigação", disse o ministro da Defesa do país, Avigdor Lieberman. "A maioria era terrorista", completou ele, garantindo que 10 dos 15 mortos eram membros do movimento islâmico Hamas, que governa Gaza.

Milhares de palestinos participaram da chamada Marcha do Retorno, a primeira de uma série de manifestações programadas para durar seis semanas.

O Exército israelense afirma que os manifestantes lançaram objetos incendiários contra as tropas e ultrapassaram o limite de 300 metros estabelecido na fronteira, uma área restrita. Por isso, os militares teriam respondido com munição real e gás lacrimogêneo.

Os palestinos, por outro lado, acusam os soldados de atirar contra manifestantes que não representavam nenhuma ameaça. / AFP e REUTERS

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