LONDRES - Saiba quais são as prováveis mudanças esperadas em um governo de maioria conservadora:
Brexit em 31 de janeiro
Boris Johnson prometeu levar de volta ao Parlamento britânico a legislação necessária para ratificar o acordo de saída da União Europeia fechado com Bruxelas e garantir sua aprovação antes do fim de janeiro. Todos os candidatos do Partido Conservador apoiaram o acordo, então é esperado que a legislação passe facilmente no Parlamento pelo fato de as legendas de oposição não terem cadeiras suficientes para vetá-la ou fazer mudanças.
Sem extensão na transição
Após 31 de janeiro o Reino Unido entrará em um período de transição durante o qual terá de negociar um novo relacionamento com os 27 países-membros da União Europeia. A negociação pode demorar até o final de dezembro de 2022, segundo as regras atuais, mas os conservadores fizeram uma campanha eleitoral prometendo não estender o período de transição para depois de 2020, um prazo que os especialistas em comércio dizem ser pouco realista e poderia levar o Reino Unido a enfrentar uma saída desordenada da UE.
Orçamento em fevereiro
O Partido Conservador prometeu um orçamento pós-Brexit em fevereiro, ampliando os gastos com questões domésticas como o serviço de saúde, educação e segurança.
Imigração
Os conservadores planejam adotar um sistema de imigração com contagem de pontos, ao estilo australiano, com o objetivo de reduzir a entrada de estrangeiros no país, principalmente os pouco qualificados. A regra, que vai também afetar cidadãos da União Europeia, é só permitir o acesso ao Reino Unido de quem já tenha uma oferta de emprego.
Investimento estatal
O ministro das Finanças, Sajid Javid, promete mudar dispositivos fiscais vigentes hoje para permitir que ele possa gastar £ 20 bilhões ao ano, nos próximos cinco anos, em obras de infraestrutura.
Comércio exterior
Boris Johnson pretende, dentro de três anos, fechar 80% dos contratos de exportação em acordos de livre-comércio. O líder conservador planeja priorizar negócios já firmados com Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Japão.