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Pesquisas na França dão ampla vitória a partido de Macron em eleições legislativas

No entanto, sondagens também indicam que haverá a maior abstenção desde o início da 5ª República

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Por Redação
Atualização:

PARIS - A campanha para as eleições legislativas da França se encerrou nesta sexta-feira, 16, com o República Em Marcha, o partido do presidente Emmanuel Macron, como o grande favorito no segundo turno de domingo, ainda que com projeções de abstenção recorde.

Emmanuel Macron apósvotar em Le Touquet, na França Foto: REUTERS/Christophe Petit Tesson

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As eleições, que determinarão a composição da Assembleia francesa, podem dar força a Macron, que venceu a ultradireitista Marine Le Pen no pleito presidencial.

Com uma maioria no Parlamento, o presidente francês poderá aplicar seu programa de governo sem impedimentos, começando por uma polêmica reforma trabalhista, que provocou desconfiança entre os sindicatos e a esquerda.

Uma pesquisa publicada nesta sexta indica que o partido de Macron pode obter até 80% das cadeiras. Levando em conta que o sistema eleitoral francês não é proporcional – a cadeira em jogo vai para o mais votado em cada circunscrição –, o instituto OpinionWay-Orpi deu ao República em Marcha e a seu partido aliado MoDem, do ministro de Justiça, François Bayrou, entre 440 e 470 deputados, dos 577 que compõem a Assembleia. E tudo isso apesar das investigações sobre o partido de Bayrou por suposto desvio de dinheiro da Eurocâmara.

Mas, a altíssima abstenção marcará as eleições, segundo pesquisa do instituto Odoxa, que prevê uma abstenção de 53%, o que representaria um novo recorde em eleições presidenciais ou legislativas desde o início da 5.ª República, em 1958. 

O conglomerado de direita e centro liderado pelo Republicanos terá de se contentar, segundo pesquisas, com entre 70 e 90 cadeiras. Os resultados devem ser muito piores para o Partido Socialista, que, após governar com 314 deputados durante o mandato de François Hollande, passará a ter entre 20 e 30 parlamentares na Câmara Baixa, o que poderia comprometer até sua capacidade de formar um grupo próprio, algo para o qual são necessárias 15 cadeiras. / EFE

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