Polícia detém motorista suspeito de carregar explosivos em Bruxelas

Ruandês foi perseguido após cruzar sinal vermelho e apresentava comportamento desequilibrado, mas automóvel não levava nenhuma bomba

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BRUXELAS - A polícia da Bélgica deteve nesta terça-feira em Bruxelas o motorista de um veículo suspeito de carregar explosivos, após uma perseguição no bairro de Molenbeek, e instalou um perímetro de segurança no qual cerca de 400 pessoas estiveram retidas. Segundo a emissora "RTL", a polícia abriu fogo contra o veículo durante a perseguição, que culminou com a detenção do suspeito, depois que este declarou, ao sair do automóvelo, que levava explosivos no carro, mas os agentes não detectaram nada "anormal". Trata-se de um cidadão de Ruanda, nascido em 1981, residente na Bélgica até 2009 e estabelecido na Alemanha desde então, segundo detalhou a agência de notícias Belga.

Membro de equipe antibombas examina veículo suspeito de levar explosivos em Bruxelas Foto: NICOLAS MAETERLINCK/AFP

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O homem é desconhecido pela Justiça belga e, segundo fontes da promotoria citadas pela "RTL",  tem um "comportamento bastante desequilibrado". O incidente ocorreu às 17 horas (12 horas de Brasília), quando a polícia começou a perseguir um veículo que tinha passado por ao menos um sinal vermelho. O motorista do automóvel não obedeceu à ordem dos agentes e colidiu com um primeiro veículo policial. Então as forças da ordem utilizaram uma arma de fogo para tentar conter o veículo em fuga, mas este continuou antes de se chocar com outro carro policial, que finalmente conseguiu deter o suspeito por volta de 17h30. A polícia instalou então um perímetro de segurança na região depois que o detido declarou que o seu veículo continha explosivos, segundo a agência Belga.

A Bélgica, pequeno país de 11 milhões de habitantes é, na Europa, o que conta com o maior número de voluntários que se juntaram aos jihadistas na Síria e no Iraque em proporção à sua população. Foram identificados 494 "jihadistas" belgas: 272 estão na Síria ou no Iraque, 75 são dados como mortos, 134 retornaram e 13 estão voltando, de acordo com os serviços de segurança.

O mais surpreendente é que a Bélgica, apesar do reforço da sua legislação antiterrorismo, do desmantelamento de canais de recrutamento e células terroristas desde a década de 1990, continua a ser um refúgio relativamente seguro para os jihadistas. / EFE

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