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Por reação ao coronavírus, primeira-ministra da Nova Zelândia é a mais popular em 100 anos

País ficou mais de um mês em confinamento, com as fronteiras fechadas e atividades não essenciais suspensas; no fim de abril, quando não havia mais registro de novos casos da covid-19, relaxamento começou

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Por Redação
Atualização:

Jacinda Ardern se tornou a primeira-ministra mais popular da Nova Zelândia em um século graças à reação que seu governo teve à pandemia da covid-19, que fez de seu país um dos mais bem-sucedidos na contenção da doença.

A primeira pesquisa pública desde que a crise do coronavírus se instaurou mostrou que a popularidade do Partido Trabalhista de Ardern aumentou 14 pontos e chegou a 56,5% - a maior de qualquer partido em toda a história. A sondagem foi feita pela empresa Newshub-Reid na segunda-feira 18.

Primeira-ministra da Nova Zelândia,Jacinda Ardern, durante coletiva de imprensa Foto: David Lintott/ AFP Arquivo

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Em contrapartida, a maior sigla do Parlamento, os Nacionais, perdeu 12,7 pontos e está com 30,6% de aprovação. A enquete foi realizada entre 8 e 16 de maio, e metade das respostas foi obtida após a sanção do orçamento federal.

Como premiê, Jacinda apareceu com 59,5%, um aumento de 20,8 pontos em relação à pesquisa anterior e a cifra mais alta de qualquer líder na história dos levantamentos da Reid Research.

A enquete levou em conta o sentimento público nos últimos dias do rigoroso isolamento de nível três do país, que também teve apoio maciço - 92% dos entrevistados disseram ter sido a decisão certa.

Ações 

A nação do Pacífico ficou confinada durante mais de um mês com restrições de “nível 4”, ou seja, um confinamento que incluiu o fechamento das fronteiras, a obrigação de permanecer em casa, o fechamento dos comércios e a suspensão de todas as atividades não essenciais.

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No final de abril, o país diminui um nível de seu alerta, mas o governo continuou a impor medidas sociais rígidas a muitos cidadãos e negócios, ajudando a evitar uma disseminação comunitária generalizada do vírus.

No dia 27 de abril, o país deixou de registrar casos de contágios locais e Jacinda comemorou. "Não há transmissão (do vírus) generalizada e não detectada na Nova Zelândia", declarou. "Vencemos esta batalha", celebrou a premiê, após cinco semanas derestrições.

Pontos comerciais como shopping centers, cinemas, cafés e academias reabriram na quinta-feira 14. Algumas empresas, os estabelecimentos que entregam comida e as escolas foram autorizadas a reabrir as portas também. O país registrou 1.122 casos do novo coronavírus, com 19 mortes. 

A ascensão de Jacinda como premiê mais jovem do país e a terceira mulher a ocupar o cargo levou os neozelandeses a cunharem a expressão “Jacindamania”. / AFP e REUTERS

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